Salvador – “O Sistema Ferryboat continua caótico e a concessionária Internacional Marítima está prestando péssimos serviços à populaçao”. A opinião da empresária Lenise Ferreira, presidente da Associação Comercial de Vera Cruz (Ilha de Itaparica), é idêntica à de milhares de usuários que precisam utilizar o ferry diariamente.
Ontem, apenas duas embarcações estavam em tráfego, a despeito de o governo do Estado ter gasto R$ 30 milhões com a reforma dos ferries, com o objetivo de deixar a Internacional Marítima com condições para operar o sistema com normalidade. A promessa era de que o sistema tivesse todas as sete embarcações em condições de tráfego, mas não é isto que ocorre.
“Não tem cabimento que esta situação perdure por mais tempo. Nada justifica. Funcionários da empresa denunciam que não houve troca de motores dos ferries na reforma, como foi anunciado. Afirmam que os motores foram reparados e as embarcações receberam grosseira maquiagem para ficar bem na foto”, sustenta Ferreira.
Para a empresária, as condições operacionais das embarcações são críticas.
“O ferry Juracy Magalhães está um absurdo. A rede de esgoto vaza e invade o salão de passageiros. O Agenor Gordilho está totalmente sem ventilação, pois lacraram as janelas laterais e não instalaram grades de segurança para ao menos manter as portas abertas para ventilar um pouco, tornando a a viagem muito desagradável e o ambiente insalubre”, disse a empresária.
A Internacional Marítima não dá informações sobre a sittuação de cada embarcação. A Agerba, agência fiscalizadora, muito menos. Lenise Ferreira se diz preocupada com a aproximação do São João e de outros feriados prolongados.
“Estamos esperando o pior. Precisamos trabalhar na Ilha, não tem o menor cabimento enfrentarmos filas diariamente. A venda de hora marcada não existe e retiraram os cartões que possibilitava a compra antecipada de créditos”, relata.
A empresária não poupa críticas à Agerba, que, segundo ela, nada fiscaliza.
“Os abusos cometidos pela empresa Internacional Marítima são todos de conhecimento da Agerba. Eu mesma já registrei diversas queixas, mas nada se resolve e a situação só vai se agravando. Por conta disso, vou apelar para o Ministério Público do Estado e Procuradoria Geral do Estado para cobrar providências urgentes”, acrescentou.
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