CLÁUDIO HUMBERTO
A investigação de cartel no Metrô de São Paulo, pelo Cade (Conselho Administrativo de Defesa Econômica), do Ministério da Justiça, parece coisa tão combinada quanto as licitações fraudadas. Romeu Tuma Jr., que foi secretário nacional de Justiça no governo Lula, revela em seu livro de memórias, a ser lançado brevemente, que em 2008 se recusou a cumprir ordens de vazar informações sobre o caso, para uso político.
Como chegou – A Secretaria Nacional de Justiça representa o Brasil em matéria penal, nos acordos internacionais, por isso o caso chegou a Romeu Tuma Jr.
Outra lorota – O mandado de busca e apreensão destrói a lorota oficial de que a Siemens procurou o Cade, com documentos, para fazer a denúncia.
Descumprida – Tuma Jr. recebeu a determinação para fazer exatamente o que o Cade faz agora: usar o caso politicamente, vazando-o para a imprensa.
Sob medida – Detonando o caso do Metrô-SP na véspera do julgamento no STF, o PT quis mostrar que seus corruptos são melhores que os do PSDB.
Impedimento – Ministro aposentado do STM e advogado brilhante, Flavio Bierrenbach deu-se por impedido para julgar a maracutaia no Metrô de São Paulo, em razão de contencioso pessoal com o ex-governador José Serra. Bierrenbach é presidente da Comissão Geral de Ética do Estado. (Coluna de Cláudio Humberto)