REDAÇÃO DO JORNAL DA MÍDIA
O diretor-executivo da Agerba, Eduardo Pessoa, classificou de “grosseira” e “ofensiva” a resposta da concessionária paulista TWB ao processo administrativo da agência de regulação, com respaldo da Procuradoria Geral do Estado, que apontou diversas irregularidades praticadas pela empresa desde que assinou contrato de concessão com o Estado, em março de 2006.
A defesa da TWB foi apresentada ontem, um dia antes do prazo máximo estipulado, que venceu hoje (22). Eduardo Pessoa demonstrou irritação com os termos utilizados pela TWB no documento protocolado na Secretaria de Infraestrutura (Seinfra).
“A TWB foi absolutamente grosseira. Os argumentos usados não têm fundamentação jurídica. Ela apenas tenta desqualificar a Agerba e o parecer da PGE, inclusive com palavras que não devem ser colocadas. Usou inclusive de expressões como “maroto” ao se referir ao nosso relatório. Nós não vamos baixar o nosso nível. Trata-se de um ataque de desespero”, sustentou Pessoa.
O Parecer da PGE foi todo construído com base no resultado de uma auditoria feita na TWB pela consultoria Fipecafi. Entre as irregularidades apontadas estão a prática de fraudes contra o Estado, superfaturamento no preço de embarcações, sucateamento da frota, não recolhimento de multas, venda de carros do patrimônio público na “Ilha do Rato”, entre outras. Só de multas a TWB deve mais de R$ 4 milhões ao Estado.
Desespero – Hoje pela manhã o dono da TWB, o empresário Pinto dos Santos, deu mais uma prova do seu desespero. Acostumado a usar tráfico de influência para conseguir vantagens para a sua empresa junto ao governo, Pinto está isolado e sabe que perdeu a concessão, que rendia à sua empresa algo em torno de R$ 70 milhões/ano.
O dono da TWB convocou hoje alguns marítimos e funcionários que se arriscaram em participar de uma reunião com ele no Terminal de São Joaquim. Prometeu pagar todo o retroativo que sua empresa deve desde outubro de 2010 de um acordo de trabalho. Garantiu que tudo estava bem, que ele iria continuar no ferry e citou que esteve em Brasília para se proteger. Não se sabe em que gabinete nem com quem.
A empresa que vai suceder a TWB em caráter emergencial já está escolhida. A qualquer momento será decretada a extinção do contrato da TWB. Ontem o governador Jaques Wagner declarou, em tom até irônico: “Demos o cheque-mate neles” (na TWB).
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