Os dois presidentes já se reuniram presencialmente em fevereiro deste ano. Foto: Ricardo Stuckert/PR.
CLÁUDIO HUMBERTO
O presidente Lula aproveitou telefonema com o presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, para reforçar o pedido constrangedor de doação de US$500 milhões para o Fundo Amazônia, como se o Brasil necessitasse dessas esmolas para bancar a proteção da floresta. A conversa mole interessa ao governo americano, que junto a outros países ricos acumula dívida anual de US$100 bilhões, valor com o qual se comprometeu na COP26 para financiar o impacto climático nas nações pobres.
Nada disse
O silêncio de Biden indica que ele não está nem aí: enquanto Lula fez até textão no Twitter sobre o telefonema, o americano fez que não ouviu.
Cadê o dinheiro?
Europeus também aproveitam o discurso verde para lacrar, mas nada doaram desde 2018, revela transparência do BNDES, gestor do fundo.
Cinco anos de seca
Os últimos aportes que o fundo recebeu são de 2018, R$272,3 milhões da Noruega e R$1,1 milhão da Petrobras.
Poder sem Pudor
Existe jantar grátis
O falecido deputado Maurício Fruet (PR) era mesmo um gozador. Nomeado prefeito de Curitiba em 1983, ele cedeu a vaga na Câmara ao suplente Dílson Vanchin, marinheiro de primeira viagem. Fruet aplicou-lhe uma “peça”, dizendo que era praxe vender tudo o que havia no gabinete. Vanchin nem desconfiou dos valores irrisórios que pagou. Contou a amigos: “Dizem que o Fruet é esperto. Que nada! Fiz o melhor negócio da vida!” Convidado para um jantar com a bancada, na despedida de Fruet, Vanchin soube então que o dinheiro era para pagar a conta do restaurante…
Dedo de Dino
O comandante da Polícia Militar do Distrito Federal, Klepter Rosa Gonçalves, foi alçado ao posto por decisão do interventor Ricardo Cappelli, braço direito de Flávio Dino no Ministério da Justiça.
Poder de influência
Pesquisa do instituto maranhense Data Ilha revela que o ex-presidente Jair Bolsonaro tem maior poder de influência sobre o eleitorado do Maranhão do que o atual ministro e ex-governador do estado Flávio Dino.
Promessas ao vento
O ministro Alexandre Padilha (Articulação) garantiu na véspera que Lula definiria os detalhes da tão prometida reforma ministerial antes da viagem à África do Sul. Já na sexta-feira de manhã foi desmentido.
Pura coincidência
Enquanto fracassavam mais uma vez as negociações da reforma ministerial, o presidente do Senado, Rodrigo Pacheco, avisava que a reforma tributária vai mudar. E atrasar, faltou dizer.
Frase do dia
“Gasolina sobe, aparece um hacker da shopee”
Senador Flávio Bolsonaro (PL-RJ) desconfiado do depoimento do hacker à CPMI
Filme repetido
A defasagem dos preços dos combustíveis praticados pela Petrobras motivou alerta do deputado Evair de Melo (PP-ES): “a medida foi tentada por Dilma e resultou em R$120 bilhões de prejuízo”, lembrou.
Lacre e lucro
O herdeiro da família Busch quer recomprar “com desconto” a cervejaria Anheuser-Busch, que faz a Bud Light, criticada por propaganda lacradora com influencer trans. Hoje pertence à AB Inbev, da qual o bilionário brasileiro Jorge Paulo Lehman (aquele da Americanas) é sócio.
Só no Whatsapp
O deputado Filipe Barros (PL-PR) apontou curiosa contradição do hacker na CPMI, alegando ter acessado o Telegram (mensagens) do ex-presidente da Câmara, Rodrigo Maia: “Ele nunca usou esse aplicativo”.
Nem conheço
Citado pelo hacker e estelionatário Walter Delgatti, o marqueteiro Duda Lima deu sua versão: disse que o rápido encontro com o hacker de Araraquara foi na escadaria do PL e que nem sabia quem ele era.
Pensando bem…
…delação sem prova não vale na Justiça. Já em CPI…
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