Alan Sanches diz que a concessão do Zoológico de Salvador vai acabar com o único lazer da população carente da capital.
O deputado estadual Alan Sanches (União Brasil) destaca que em meio a toda crise que o país e a Bahia atravessam, o Governo do Estado “infelizmente”, cerceia mais um direito do cidadão em situação de vulnerabilidade com a privatização do Zoológico de Salvador, que será vendido à iniciativa privada.
“Com isso, a concessão do equipamento pode decretar o fim à gratuidade do acesso ao local, com cobrança de ingressos de até R$ 60 e, a consequência será a exclusão do pobre que já tem dificuldade com alimentação, emprego, infraestrutura, do mínimo que ainda lhe resta de diversão gratuita. As camadas carentes não terão sob hipótese alguma condições para levar seus filhos ao zoológico”, sustentou Sanches.
O parlamentar condenou a decisão, classificou o governo de privativista, e lembrou o que ocorreu com outros parques estaduais, como os de Sete Passagens, em Miguel Calmon, e o da Serra do Conduru, entre Ilhéus, Uruçuca e Itacaré.
Conforme Alan Sanches, após pressão, a Secretaria Estadual do Meio Ambiente (Sema), anunciou que o ingresso custará R$ 7,50 no primeiro ano de concessão, com aumentos para valor próximo a R$ 15,00 a partir do terceiro ano, e chega a R$ 60,00 a partir do 7º ano, após a realização dos principais investimentos previstos.
“Contudo, o correto seria a liberação da entrada de forma gratuita para a população de baixa renda, através de um estudo e, sequer sugerir qualquer possibilidade de cobrança, muito menos por um período de 30 anos”, frisou.
O leilão do parque está marcado para setembro, em São Paulo, com valor de contrato estimado em R$ 121.978.050,59. O prazo de vigência da concessão será de 30 anos, contados da data de eficácia do contrato e poderá ser prorrogado por, no máximo, cinco anos. Caso seja concretizada, a concessão do Parque Zoobotânico Getúlio Vargas será válida por 30 anos.