CLÁUDIO HUMBERTO
Se a decisão coubesse aos ministros de Jair Bolsonaro, Paulo Guedes (Economia) seria mais um desempregado. São frequentes as queixas contra interferências de Guedes em searas alheias e o estilo agressivo contra colegas. Alguns, discretos, como o presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto, evitam polemizar. Mesmo tendo sido acusado por Guedes, perante Bolsonaro, de haver contribuído na alta da inflação pela “demora” para elevar as taxas de juros. Neto reagiu, o tempo fechou.
Assim não dá
Guedes também tem certa fixação, várias vezes refutada, para subordinar a política externa brasileira aos interesses da economia.
Assim também não
Ele exigia que o Brasil endossasse sem senso crítico (ou discussão) a posição da OCDE sobre a Rússia. O Itamaraty resistiu, ele esbravejou.
Atitude agressiva
O czar da economia tentou humilhar importante diplomata, fluente em vários idiomas, ao citar um livro: “Eu recomendo, tem em português”.
Mercosul em perigo
Outro problema ocorreu quando Guedes quis tomar a decisão unilateral de reduzir a tarifa externa comum, o que implodiria o Mercosul.