Na maior parte dos casos, é gente tentando explicar a própria escassez de votos, sem respeitar a opção do eleitorado detectada nas pesquisas.
CLÁUDIO HUMBERTO
Pré-candidatos e defensores de candidaturas como a de Simone Tebet (MDB) insistem na crítica arrogante à polarização entre os dois principais candidatos a presidente. Na maior parte dos casos, é gente tentando explicar a própria escassez de votos, sem respeitar a opção de grande parte do eleitorado detectada nas pesquisas. É tendência nas maiores democracias, respeitável como expressão legítima de vontade do eleitor.
Posição ‘odienta’
Com um sexto dos votos do 2º nas pesquisas, Ciro Gomes (PDT) não aponto culpados, mas chamou o fenômeno de “polarização odienta”.
Transferindo culpa
Em Teutônia (RS), Eduardo Leite culpou a polarização pelos problemas do Estado. Não citou a incapacidade do seu governo de resolvê-los.
‘Estamos doentes’
Com 1% nas pesquisas, Tebet não reconhece a vontade do eleitor na polarização, para ela sinal de que “estamos doentes de corpo e alma”.
Caminho do brejo
Enquanto xingam o eleitor por polarizar a disputa, alguns pré-candidatos levam seus partidos à rota da extinção, como no caso do PSDB.