O sucateamento da frota do Sistema Ferry-boat começou a partir de 2007 e parece não ter fim. Sem manutenção, os navios quebram constantemente e alguns passam uma péssima imagem para quem trafega pela Baía de Todos-os-Santos.
REDAÇÃO DO JORNAL DA MÍDIA
O Sistema Ferry-boat voltou a operar com horários fixos de saída de hora em hora, que sempre foi a grade normal praticada pelo serviço. Assim, a partir de agora, de segunda a sábado e também nos finais de semana, os usuários serão atendidos das 5h às 23h30, sempre com saídas de hora em hora dos terminais de São Joaquim, em Salvador, e Bom Despacho, na Ilha de Itaparica.
Pelo menos é o que garante a Internacional Travessias, concessionária do Sistema Ferry-boat, em seu boletim desta sexta-feira (18).
“As viagens ocorrem todos os dias, incluindo os finais de semana, entre 5h às 23h30., assegura a Internacional Travessias.
A retomada dos horários de hora em hora no Sstema Ferr-boat não foi por iniciativa da Internacional Travessias, empresa que chegou à Bahia em 2013 e que não conseguiu ainda prestar um serviço à altura do que se esperava para a Travessia Salvador-Ilha de Itaparica.
Não foi também iniciativa da Agerba, agência de regulação do Governo do Estado reconhecida por sua total incapacidade em cumprir as atribuições do Estado, para regular e fiscalizar o sistema intermunicipal de transporte (marítimo e rodoviário).
O JORNAL DA MÍDIA apurou que as centenas de reclamações de usuários do Sistema Ferry-boat chegadas à Ouvidoria Geral do Estado da Bahia (OGE-BA) levaram o governo a determinar à Agerba que publicasse resolução retomando os horários de hora em hora, inclusive para evitar (ou reduzir) as aglomerações recorrentes no Sistema Ferry-boat.
Até então, a Agerba vinha atendendo exclusivamente aos interesses da concessionária Internacional Travessias, de escalonar os horários para economizar. Portanto, as queixas chegadas à Ouvidoria Geral do Estado foram decisivas. Agora, se o usuário quiser reclamar mais sobre o Sistema Ferry-boat e também contra a Agerba reclame na OGE-BA.
Clique AQUI no 0800-284-001 da Ouvidoria Geral do Estado e reclame. Registre sua denúncia.
O usuário precisa ficar atento e não confundir o 0800 da Ouvidoria Geral do Estado com o 0800 da Agerba.
O retorno dos horários de hora em hora foi anunciada pela Agerba menos de 24 horas depois da colisão bizarra envolvendo os ferries Ana Nery e Pinheiro, ocorrida na noite da última quarta-feira (16), nas proximidades do Terminal de São Joaquim, em Salvador.
Batida bizarra Pinheiro x Ana Nery
Foi na noite da última quarta-feira (16) que ocorreu a batida de forma bizarra entre os ferries Pinheiro e Ana Nery, nas proximidades do Terminal de São Joaquim, em Salvador.
Foi mais ou menos assim: o ferry-boat Ana Nery apagou no mar. O comando do navio Pinheiro, atracado em São Joaquim, foi acionado para prestar socorro.<
O Pinheiro, que tem quase 50 anos de operação no Sistema Ferry-boat da Bahia, tentou encostar para rebocar o Ana Nery. Os marinheiro atiraram as cordas, mas … as cordas velhas, completamente acabadas, se romperam e o navio acabou colidindo com o Ana Nery,, que estava parado.
Nas redes sociais, os vídeos e comentários postados ganharam tom de gozação e pilhéria entre os usuários. Mas alguns deles chamaram a atenção para a péssima qualidade dos serviços prestados à população pela Internacional Travessias e pelo abono das embarcações
Um histórico de acidentes…
Os navios Pinheiro (dos anos 70) e Ana Nery (ano 2000) já se envolveram em diversos acidentes na Baía de Todos-os Santos.
Sobre a Internacional Travessias
É uma empresa que chegou à Bahia em 2013, pelas mãos do então governador Jaques Wagner e do então secretário de Infraestrutura da Bahia, Otto Alencar. Hoje, os dois são senadores pela Bahia. A empresa na época que aportou na Bahia era ligadíssima à família do ex-presidente da República José Sarney.
O dono da Internacional Marítima, Luiz Carlos Castanhede Fernades (Clique AQUI), , era sócio de Jorge Murad, marido de Roseame Sarney, ex-goverrnadora do Maranhão.
Para operar o Sistema Ferry da Bahia, a Internacional Marítima, que na Bahia passou a ser Internacional Travessias, não investiu um centavo sequer. Além de não investir absolutamente nada na melhoria do sistema, não paga um centavo sequer para explorar as embarcações que opera, hoje totalmente sucateadas.
Além de faturar milhões por ano na Bahia, recebeu duas embarcações novas para reforçar a frota de navios do sistema: os ferries Zumbi dos palmares e Dorival Caymi. Embarcações adquiridas pelo Governo da Bahia, na gestão de Jaques Wagner/Otto Alencar.
Esses dois últimos barcos foram adquiridos de uma empresa com sede em um salão de beleza de Lisboa, capital de Portugal, conforme publicou em 04 de novembro de 2014 este JORNAL DA MÍDIA.
E leiam depois AQUI EXCLUSIVO: a história do sucateamento do Sistema Ferry-boat, como a Internacional Travessias veio do Maranhão de Sarney para atracar na Bahia, a compra de dois navios pelo Governo da Bahia de uma empresa com sede em um salão de beleza em Lisboa…Clique AQUI…