Presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (DEM-MG) – Foto: Waldemir Barreto/Agência Senado
CLÁUDIO HUMBERTO
Aprovada na Câmara por 398×77 votos há 52 dias, a reforma do Imposto de Renda (IR) continua na gaveta do presidente do Senado, Rodrigo Pacheco. Nada de muito polêmico contém o projeto, mas o cativeiro em que se encontra tem a ver com a previsão de cobrança de IR sobre lucros e dividendos de grandes empresas. Senadores jovens, eleitos sem gastar grandes somas, revelaram a esta coluna que são os suplentes, que bancam campanhas dos titulares, quem barram a reforma. Além de suplentes, há também senadores milionários no mandato.
Taxação de 20%
O projeto engavetado prevê que lucros e dividendos pagarão 20% de Imposto de Renda na fonte, mas não fundos de investimento em ações.
Nem pegando leve
O Imposto de Renda da Pessoa Jurídica (IRPJ) será reduzido de 15% para 8%, mas isso não foi suficiente para agradar os muito ricos.
Redução no imposto
A correção na faixa de isenção da tabela do IR, definida na reforma, é a maior desde o Plano Real, com redução significativa do imposto devido.
16 milhões isentos
De acordo com a reforma que não agrada aos mais ricos, cerca de 16 milhões de brasileiros (metade dos declarantes) ficariam isentos.