CLÁUDIO HUMBERTO
Novo procurador Geral da República, Augusto Aras terá muito trabalho para tocar suas atribuições, a começar pela revisão dos últimos atos de nomeação da antecessora Raquel Dodge. O sindicato dos funcionários (SindiMPU) estimou em 870 nomeações, mas a assessoria da PGR garante que entre janeiro e setembro, e não apenas nos últimos dias, Dodge assinou cerca de setecentas portarias, algumas de remoções.
DUPLA FINALIDADE
As nomeações de Raquel Dodge teriam o objetivo de premiar aliados e engessar a gestão de Augusto Aras, aprovado ontem por 68×10 votos.
DESABAFO EXPLICADO
Tantas nomeações explicariam o desabafo de Aras, em sua sabatina: “A ex-PGR queria simplesmente que o futuro PGR não gerisse nada”.
MÃO AMIGA
Uma semana antes de deixar o cargo, Dodge nomeou sua então chefe de gabinete para uma comissão no CNMP, com efeito a partir do dia 30.
NOMEAÇÃO PARA O FUTURO
Quatro procuradores foram nomeados para atuar na Procuradoria Regional Eleitoral do DF, com posse prevista para o próximo dia 1º.