A produção industrial da Bahia teve forte recuo em março (-10,1%) frente ao mês anterior, descontados os efeitos sazonais. Nessa comparação, foi o pior março para a indústria do estado desde o início da nova série histórica da Pesquisa Mensal Industrial do IBGE, em 2002. Considerando todos os meses do ano, foi o pior desempenho desde maio de 2018, quando a produção industrial baiana recuou 13,8% sob forte influência da greve dos caminhoneiros. Os dados foram divulgados hoje pelo IBGE.
Frente a fevereiro, a indústria da Bahia teve ainda o segundo pior resultado dentre as 15 áreas pesquisadas pelo IBGE, acima apenas do registrado no Pará (-11,3%). O desempenho foi ainda significativamente inferior ao da indústria do país como um todo (-1,3%). De fevereiro para março, a produção industrial recuou em 9 dos 15 locais investigados. Espírito Santo (3,6%), Rio de Janeiro (2,9%) e Goiás (2,3%) tiveram as maiores altas.
Frente a março de 2018, a produção industrial baiana também caiu (-6,6%), após ter avançado em fevereiro (2,4%). Nessa comparação, foi o pior março desde 2016, quando a retração havia sido de 7,5%. Considerando-se todos os meses do ano, a queda também foi a maior desde maio de 2018 (-13,6%).
No confronto com março de 2018, o desempenho da indústria na Bahia ficou um pouco mais próximo da média nacional (-6,1%) e acompanhou o movimento de retração verificado em 12 dos 15 locais pesquisados, com destaques para Pará (-12,5%), Mato Grosso (-12,3%), Espírito Santo (-11,1%).
O fato de março de 2019 ter tido 19 dias úteis, dois a menos que março de 2018 (21), contribuiu para a disseminação de resultados negativos na indústria entre as regiões.
Com o desempenho do mês, a produção industrial na Bahia tem queda acumulada de 3,5% no primeiro trimestre de 2019 e também mostra variação negativa (-0,3%) nos 12 meses encerrados em março. Ambos os resultados estão aquém da média nacional (-2,2% e -0,1%, respectivamente) e indicam aumento no rimo de queda em relação a fevereiro.