CLÁUDIO HUMBERTO
O inquérito contra fake news e ameaças a ministros no Supremo Tribunal Federal (STF), em vez de enfraquecer, ganhou força após o recuo do ministro Alexandre de Moraes, que na quinta (18) retirou a censura a notícia citando o ministro Dias Toffoli. Os ministros admitem a necessidade do inquérito contra agressões nas redes sociais e vias públicas, mas não toleravam censura. Um dos ministros mais atacados explicou o recuo: “Não tinha jeito, [o inquérito] ia perder apoio no STF”.
INQUÉRITO É LEGAL
Ao contrário do que sustentou a procuradora geral Raquel Dodge, o inquérito aberto por Dias Toffoli é regimental, nada tem de ilegal.
PROTEÇÃO A INSULTOS
Insultos ao ministro Gilmar Mendes no fim de semana, em Lisboa, reforçaram entre os ministros a certeza de que “é preciso agir”.
ARES DE ESCÂNDALO
Gilmar afirmou à correspondente do Diário do Poder em Lisboa, Silvia Caetano, que a censura foi ao “tratamento escandaloso” da notícia.
OBJETIVO ERA DENEGRIR
Para Gilmar, a matéria não imputava crime ao ministro Dias Toffoli, tinha apenas o objetivo de “denegrir a imagem, jogar desconfiança”.