Apesar de registrar o segundo melhor resultado do ano – US$ 612,5 milhões, as exportações baianas desaceleraram em abril, registrando crescimento de apenas 0,3% quando comparadas ao mesmo mês do ano anterior e queda de 12,1% frente a março último. As informações foram analisadas pela Superintendência de Estudos Econômicos e Sociais da Bahia (SEI). Contrariando o ritmo dos meses anteriores, as importações em abril cresceram 41,7% sobre igual mês de 2017, o que pode ser um indicativo tênue de retomada da atividade econômica.
No quadrimestre, as exportações baianas alcançaram US$ 2,48 bilhões, com crescimento de 8% em relação ao mesmo período do ano anterior. Em abril, o volume embarcado (quantum) teve queda de 12,7%, ditado principalmente pelas reduções nos embarques de produtos químicos, soja e derivados de petróleo. O incremento registrado nas vendas no mês se deu pela elevação dos preços médios em 5,1%, valorização obtida principalmente dentre os segmentos de papel e celulose, metalúrgico, metais preciosos e de derivados de petróleo.
O principal crescimento em termos percentuais nos embarques em abril foi de semimanufaturados (20,2%), seguido por básicos (4,4%). As exportações de manufaturados registraram queda de 13,3%, fruto das reduções nas vendas de derivados de petróleo, que tem reduzido sua produção local; de petroquímicos, que vem acusando perda de competitividade e queda no volume embarcado; e da desaceleração das vendas de veículos para o mercado argentino (-10,1%), cuja economia volta a passar por instabilidades.
Importações – Já nas importações, o aumento registrado em abril ainda não foi suficiente para reverter à queda registrada nos quatro primeiros meses do ano. As compras externas totalizaram no acumulado do ano US$ 2,06 bilhões, com redução de 14% comparado a igual período do ano passado.
Em abril só foi registrada queda na categoria “combustíveis e lubrificantes” com -61,5%. As demais categorias tiveram crescimento, com destaque para os bens de capital, que significam investimento e modernização do parque produtivo, que teve elevação de 78% e de bens intermediários (matérias primas utilizadas na indústria) com alta de 115,2%, comparados a abril do ano anterior.