Salvador – O Produto Interno Bruto (PIB), soma de todas as riquezas produzidas pelo estado, da Bahia cresceu 3,1% em 2012. No quarto trimestre do ano passado, a taxa de crescimento foi de 4,9%, se comparada ao mesmo período de 2011. Nos dois casos, os números são superiores à taxa de crescimento nacional – 1,4% no quarto trimestre e 0,9% no ano. Nos últimos 12 meses, os setores da economia baiana que tiveram maiores altas foram serviços (4,2%) e indústria (3,8%). Para este ano, a previsão é que a taxa de crescimento chegue a 3,2%.
Os cálculos do Produto Interno Bruto (PIB) estadual foram divulgados no final da manhã desta sexta-feira (1º) pela Superintendência de Estudos Econômicos e Sociais da Bahia (SEI), durante coletiva de imprensa realizada no auditório da Secretaria da Indústria, Comércio e Mineração (Sicm).
“Tivemos um super PIB, quando comparamos com o desempenho da economia mundial e do próprio Brasil”, afirmou o governador Jaques Wagner. Ele avaliou que os investimentos que o Governo do Estado conseguiu atrair fortaleceram a economia baiana e arrefeceram os efeitos da crise internacional. “As políticas macroeconômicas do Governo Federal nos ajudaram bastante a manter aquecidos os setores de serviços e de comércio, decisivos para o bom resultado do PIB baiano. Continuamos trabalhando para que novos negócios sejam consolidados em nosso estado, dinamizando ainda mais a produção industrial”, declarou.
O diretor-geral da SEI, Geraldo Reis, fez uma análise dos bons resultados obtidos pela Bahia, apesar do desempenho da agropecuária, reduzido em função da seca. “Esta taxa de crescimento é bastante alvissareira, quando consideramos um cenário internacional ainda adverso. A Europa continua em recessão, os Estados Unidos já estão começando a crescer, mas ainda há uma taxa grande de desemprego, e a América Latina tem diminuído as importações”, explicou Reis. Segundo ele, a Bahia tem diversificado os destinos das exportações.
Exportações
A balança comercial resultou em um saldo positivo de US$ 3,5 bilhões – foram exportados US$ 11,2 bilhões, o que representa um crescimento de 1,4%. Os números apresentados mostram a China com maior participação nas exportações baianas (13,6%), seguida dos Estados Unidos (12,2%), Holanda (11%), Antilhas Holandesas (10,8%) e Argentina (9,2%). “Vamos ver agora o peso e a importância do comércio da Bahia com outros estados brasileiros, que é substancialmente mais importante do que o comércio exterior”, destacou o diretor-geral da SEI.
Para o secretário do Planejamento, José Sergio Gabrielli, o crescente dinamismo da economia baiana decorre da expansão do mercado interno, “refletindo na melhoria do mercado de trabalho, com maior formalização dos vínculos e o intenso efeito dos programas de transferência de renda para as famílias mais necessitadas, que impactam diretamente sobre o comércio local e a dinamização do mercado”.