Salvador – Aguardado com grande expectativa desde outubro, o relatório da Consultoria Fipecafi feita na concessionária TWB, divulgado somente agora pela Agerba, é um verdadeiro blefe para quem esperava alguma coisa mais contundente, consistente e eficaz em relação ao sistema ferryboat, vítima do sucateamento dos navios, falta de gerenciamento e nenhum investimento, que resultaram na prestação de serviço considerado de baixíssima qualidade à população.
A TWB completou no último domingo, 13, exatamente sete anos na Bahia. Chegou aqui no governo de Paulo Souto, mas foi no governo Jaques Wagner, nos últimos cinco anos, que arruinou de vez o sistema, sem que sofresse qualquer penalidade, a despeito de não tem cumprido quase nada das cláusulas do contrato que assinou com o Estado em março de 2006.
Desde janeiro de 2007 o governo vem tapando o sol com a paneira, anunciando medidas descabidas, como recuperação da frota pela concessionária, que não resultaram em absolutamente nada. A situação do ferryboat é caótica hoje mais ainda do que era quando Wagner assumiu.
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O relatório da Fipecafi, pelo qual o governo pagou a bagatela de R$ 700 mil, com dispensa de licitação, pode ser considerado mesmo uma piada de muito mau gosto. Ao contrário do que foi dito inúmeras vezes pelo diretor-executivo da Agerba, Eduardo Pessoa, o que a Fipecafi fez não foi auditoria, mas sim uma embromatoria. Coisa para enrolar a opinião pública. Coisa enganosa. Passar mais de sete meses ”trabalhando” para apresentar um ”diagnóstico” tão fajuto de uma situação que é do conhecimento público.
Em resumo: o relatório da Fipecafi, que será ”debatido” em audiência pública nesta sexta-feira, dia 18, é simplemente, acreditem caros leitores, para aumentar as tarifas da TWB praticadas no sistema ferryboat. Ou… recomendar ao governo que injete dinheiro do cidadão na concessionária paulista, cujo faturamento anual é de R$ 70 milhões e lucro de R$ 20 milhões.
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