Jurista Ives Gandra Martins critica a atuação do TSE: “Quanto mais intervir, tanto mais ele (TSE) está conduzindo as eleições, quando deveria apenas ser o apurador”. – Foto: Reprodução/Diário do Poder.
A decisão de atropelar a Constituição, excluindo o Ministério Público do sistema acusatório, e se autoconceder o poder de censurar conteúdos “de ofício” são mais exemplos das seguidas mudanças nas regras das eleições promovidas pelo Tribunal Superior Eleitoral, ignorando princípio da anualidade. A voracidade do TSE levou o jurista Ives Gandra Martins a criticar a atuação. “Quanto mais intervir, tanto mais ele (TSE) está conduzindo as eleições, quando deveria apenas ser o apurador”, disse.
Autocracia
A resolução “altera” a Constituição, deixando cidadãos e veículos de comunicação no prazo de 1h. E criou multa de até R$150 mil por hora.
Poder absoluto
Há menos de um ano, o TSE unificou o horário da votação, estabeleceu código de vestimenta aos mesários e proibiu eleitores de reportar erros.
Urna infalível
O TSE proibiu celular e impediu críticas ao sistema eleitoral. Eleitor que disser que digitou um número e apareceu outro pode ser preso.
Poder sem Pudor
Lábia de ministro
Severo Gomes foi nomeado ministro da Agricultura do marechal Castelo Branco e decidiu percorrer o País. Na Chapada dos Guimarães, em Mato Grosso, sua visita coincidiu com um festival de imitadores de canto de pássaros. “Posso me inscrever?”, perguntou aos anfitriões. No palco, Severo deu um show, deixando a assistência extasiada. Ele era um exímio imitador de pássaros. O locutor que animava o concurso não se conteve: “Esse ministro é mesmo dos bão. Ele tem uma lábia melhor do que a de qualquer anum vagabundo que anda por aí.”
Tempos estranhos
Uma certa “assessoria de desinformação” criada no Tribunal Superior Eleitoral (TSE) guarda similaridade inquietante com o Ministério da Verdade” do assustador “1984”, obra genial de George Orwell.
Ora, que surpresa…
O instituto Quaest, que errou feio no primeiro turno cravando vantagem de 11 pontos de Lula sobre Bolsonaro, agora divulga pesquisa dizendo que a confiança do brasileiro nas pesquisas despencou 10 pontos.
Salto alto é zica
O candidato Lula avisou a seus apoiadores que acha “impossível ele [Bolsonaro] tirar a diferença”. A arrogância do “já ganhou” muitas vezes não merece perdão da História; da Seleção às eleições.
O pior cego
Lula cometeu outro sincericídio. Disse estar certo da vitória em razão da “quantidade de dinheiro e de anúncio” na televisão”. Sua campanha já torrou R$88 milhões de dinheiro público. Bolsonaro, R$34,8 milhões.
Na folga, não
O senso de urgência dos políticos não corresponde à indignação contra a censura do TSE. O senador Lasier Martins (Pode-RS) cobrou de Rodrigo Pacheco presidente do Senado, que marque sessão “terça ou quarta”.
Lula foi golfinho
O “recorde” de visualizações simultâneas de Lula no podcast Flow, com 1,05 milhão de acessos durou menos de 72h. Ontem, Bolsonaro participou do Inteligência Ltda. e bateu 1,1 milhão de espectadores simultâneos em apenas 30 minutos. Depois bateu mais de 1,7 milhão.
A pior cega
Derrotada, Simone Tebet rechaçou boato de que comandaria Agricultura no governo Lula e desdenhou da censura em vigor. “O importante é eleger o Lula. O resto é coisa de quem não tem o que fazer”, disse.
Vale a reflexão
Internauta fez exercício interessante sobre a censura nas redes sociais perguntando: “se fosse vivo, seria censurada a imagem de Ayrton Senna de punho erguido com a bandeira do Brasil após uma vitória?”
Pensando bem…
…só falta proibir Jair Bolsonaro de fazer campanha.
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