Orçamento anual de R$851,7 milhões do Supremo Tribunal Federal (STF) para 2023 é 40% maior que o orçamento para manter todo o fausto da família real do Reino Unido (Foto: STF/Divulgação)
CLÁUDIO HUMBERTO
Ganham força, com a nova composição do Congresso, as articulações em torno da revogação da PEC da Bengala e o retorno da aposentadoria compulsória de servidores públicos aos 70 anos. A aprovação, além de reduzir gastos com regalias de servidores no topo da carreira, daria a Bolsonaro a chance de nomear cinco novos ministros ao Supremo Tribunal Federal ao longo do segundo mandato, em caso de reeleição.
Excrescência
Autora do texto aprovado na CCJ da Câmara, deputada Bia Kicis (PL-DF) afirma que a mudança não beneficiou a administração pública.
Fato consumado
Mesmo sem a mudança, Ricardo Lewandowski e a presidente do STF, Rosa Weber, completam 75 anos e serão substituídos no ano que vem.
Turma dos 70
Se a mudança for efetivada, Luiz Fux se aposentaria em abril de 2023, Cármen Lúcia em abril de 24 e Gilmar Mendes em dezembro de 25.
Poder sem Pudor
Nada como ter paciência
As ameaças do ex-presidente Lula aos avanços da economia fazem lembrar uma historinha contada há tempos, em Brasília, pelo jornalista e advogado Edísio Gomes de Matos. Ele se lembrava de um tio, no interior do Ceará, que tinha uma farmácia onde se jogava bicho. Um candidato a governador fez a campanha anunciando que ia acabar com o jogo do bicho e ganhou. Edísio procurou o tio, preocupado, para saber como ele se sentia diante da vitória do adversário. E o tio, sábio, respondeu: “Não se preocupa, não, menino… Todo governo novo fica velho…”
Pacheco passado
No encontro com os novos senadores do PL e partidos aliados, no Alvorada, Bolsonaro levantou a bola Carlos Portinho (PL-RJ) e Damares Alves (Republicanos-DF). São pré-candidatos a presidir o Senado.
Reincidência
O Ipec, vulgo Ibope, fez a primeira previsão para o segundo turno. Sem surpresa, o instituto que cravou (e errou feio) em vantagem de 14 pontos de Lula no primeiro turno, agora aposta em Lula com 10 a mais.
Retorno triunfal
A ex-ministra Tereza Cristina (PP-MS) reapareceu em Brasília, após a esmagadora vitória para o Senado, com 60,8% dos votos. Simone Tebet (MDB) escapou da humilhação que sobrou para Luiz Mandetta: 15%.
BRB crescendo
O governador do DF, Ibaneis Rocha (MDB), não economiza elogios para Paulo Henrique Costa, o presidente em cujas mãos o BRB se valorizou 15 vezes em seu governo. Ibaneis revelou inclusive a estratégia de crescimento do BRB, que vai às compras, incorporando outros bancos.
Aniversário de erro
Completa quatro anos nesta quinta (6) as últimas previsões de Datafolha e Ibope (atual Ipec) antes do primeiro turno em 2018. Apostaram que Bolsonaro teria dez pontos a menos do que de fato conquistou.
Surra virtual
Nove das dez postagens de maior engajamento nas redes sociais das eleições são do presidente Jair Bolsonaro, com destaque para o vídeo com apoio de Neymar, com 7,2 milhões de interações. Lula tem uma, da imagem após a votação, que somou 5,3 milhões de interações.
Vistoria no Senado
O deputado Hiran Gonçalves (PP-RR), o “Dr. Hiran”, já desfilava na manhã desta quarta (5), nos corredores do Congresso, exibindo na lapela garbosamente o broche de senador. Ele foi eleito no domingo.
Freios e contrapesos
O Rio Grande do Norte reelegeu a governadora Fátima Bezerra (PT) no 1º turno, e Lula teve 62,98% dos votos. Mas metade da bancada eleita à Câmara dos Deputados é do partido do presidente Jair Bolsonaro.
Pensando bem…
…difícil entender quem defendia vacina contra covid proibir campanha para vacinar contra paralisia infantil.
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