Ministro Roberto Barroso durante sessão do STF. Foto: Carlos Moura/SCO/STF
CLÁUDIO HUMBERTO
É mais provável que o plenário do Supremo Tribunal Federal (STF) avalize a liminar do ministro Luis Roberto Barroso que suspendeu a validade da lei do piso salarial de R$4.750 para enfermeiros. Salvo raras exceções, ministros agem assim em casos polêmicos para “proteger” o colega de críticas, ainda que dele divirjam, certos de que o “protegido” irá retribuir o gesto, numa espécie de “troca de favores” corporativista. No STF e outros tribunais, chamam isso de “não deixar o colega na chuva”.
Questão eleitoral
Bolsonaro acha que a decisão de Barroso foi uma tentativa de prejudicá-lo eleitoralmente, ainda que não tenha sido dele a proposta do piso.
Onda de indignação
Ao suspender o piso na véspera do primeiro pagamento, Barroso gerou onda de indignação em todo o País, com direito a protesto diante do STF.
Longe do seu galho
O ministro fez argumentações de política pública, alheias ao STF, ao acolher alegações de hospitais privados que pagam mal aos enfermeiros.
Poder sem Pudor
O animal e o periscópio
A polícia política de Felinto Muller, na ditadura de Getúlio Vargas, prendeu um suspeito de militar no Partido Comunista. Levado aos porões do Dops, foi submetido a uma medonha sessão de tortura por um delegado. Horas depois, chegou Luís Glayssman, do serviço secreto: “Não adianta resistir: diga onde está o mimeógrafo.” O coitado foi logo contando: “Ah, o mimeógrafo? Está enterrado lá no fundo do quintal…” Glayssman gritou: “Por que não falou antes?” Ele esclareceu: “É que esse animal passou o tempo todo onde estava o ‘periscópio’!”
‘Culpa da imprensa’
Sobrou para Guilherme Amado, coitado: Alexandre de Moraes achou sua notícia mais que suficiente para botar a polícia em cima do grupo de empresários. Agora, a vice-PGR Lindôra Araújo lembra que em setembro de 2020 Moraes acusou o mesmo jornalista de “espalhar fake news”.
Pode confiar?
Tinha 95% de “nível de confiança” o Datafolha de 19 de setembro de 2014, a duas semanas da votação, que apontava um segundo turno entre Dilma (PT) e Marina Silva (então no PSB): 37% a 30%. Deu no que deu.
Entre mulheres
A ex-prefeita de Caruaru Raquel Lyra (PSDB) tem desafiado a líder nas pesquisas para o governo de Pernambuco, Marília Arraes (Solidariedade) para debater os problemas do Estado. Mas não obteve resposta.
Ofensa pela culatra
Rendeu mais piadas a tentativa de ofensa do petista Lula, ao seguir a orientação da assessoria e chamar de “reunião do cuscuz clã (sic)” milhares de brasileiros qu
Lacração deu chabu
A ONG Ipam aproveitou os festejos de independência para tentar lacrar, divulgando a lorota de que a Amazônia nunca queimou tanto na Semana da Pátria. Mas teve de lembrar que 2007, no governo Lula, foi pior.
Bons resultados
Além de resultados positivos na inflação e na geração de empregos, agosto também foi o melhor mês para o mercado de automóveis: mais de 237 mil unidades fabricadas, recorde de 2022 até agora.
Disputa garantida
A aprovação, em poucos minutos, da candidatura à reeleição de Jair Bolsonaro pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE) deu o tom para o tratamento que foi concedido ao candidato petista Lula.
Sempre ‘neutro’
Neste sábado (10), a Suíça completa apenas 20 anos como país membro das Nações Unidas, apesar de ser a sede do organismo internacional na Europa desde 1920, quando ainda era a Liga das Nações.
Pensando bem…
…o problema do “cuscuz clã” citado por Lula é que ninguém sabe se é o cuscuz nordestino, paulista ou o marroquino