Líderes se reuniram com o presidente do Senado, Rodrigo Pacheco, e combinaram de lhe entregar sugestões de projetos de lei Foto: Roque de Sá/ Agência Senado
CLÁUDIO HUMBERTO
As decisões recentes do Supremo Tribunal Federal geraram grande expectativa entre senadores críticos dos ministros pela eleição de outros sem “rabo preso” para que o Legislativo exerça o papel previsto na Constituição: freio e contrapeso do Judiciário. Com muitos processos de senadores nas mãos do STF, a avaliação de Eduardo Girão (Pode-CE) é que “o Senado, infelizmente, está de joelhos” e o fim do foro privilegiado, que ajudaria a equilibrar a situação, não está na pauta.
Fazendo coro
O senador Marcos do Val (Pode-ES) é outro a torcer pela eleição este ano de colegas sem pendências judiciais para restaurar o equilíbrio.
Solução há
Alvaro Dias (Pode-PR), que tenta a reeleição, apresentou PEC para reduzir o foro privilegiado para cinco pessoas em vez das atuais 55 mil.
Nível superior de brasileiro
“Essas autoridades estão colocadas em um pedestal”, diz Alvaro, que viu a PEC aprovada no Senado ser engavetada na Câmara há 1300 dias.
Poder sem Pudor
A origem dos charutos
Deputado da UDN gaúcha, o general Flores da Cunha escandalizou a Câmara ao defender o presidente Getúlio Vargas da acusação do líder da bancada, Carlos Lacerda, de ser conivente com a corrupção. Getúlio ficou encantado e mandou uns charutos para o general, mesmo temendo sua reação. O funcionário do Catete encontrou-o numa roda de parlamentares: “Trago uns charutos que o presidente mandou. “Que presidente, meu filho?” respondeu, fazendo-se de desentendido. “O presidente do Flamengo”, inventou o cuidadoso portador. “Ah, bom. Então me dê os charutos…”
Simples assim
Oriovisto (Pode-PR) explica o motivo pelo qual projetos contra abusos do STF não andam no Senado: “Porque a maioria não quer. Porque Rodrigo Pacheco não quer. Porque Alcolumbre não coloca projetos para votar”.
O salvador
Em vez de matar, o criminoso que apontou a arma na verdade salvou a vice-presidente argentina. Processada e prestes a ser presa por roubar R$1,2 bilhão quando foi presidente, esse era o milagre pelo qual Cristina Kirchner sonhava para ser vitimizada e fazer do limão uma limonada.
Objetivo eleitoral
Luciano Hang disse que o ministro Alexandre de Moraes (STF) foi “levado ao erro” por Randolfe Rodrigues, coordenador de campanha do PT. “Começou com fake news e teve o intuito de me calar”, disse.
Timing bom ou ruim
O ministro Ricardo Lewandowski (STF) pediu – e ganhou – prorrogação de 60 dias para a comissão que vai propor mudanças na Lei de Impeachment. O texto deve ser apresentado logo após o segundo turno.
Sinergia econômica
O ministro Adolfo Sachsida (MME) comemora as seguidas reduções dos preços dos combustíveis e o recorde de dólares investidos nos últimos 10 anos: US$39,7 bilhões. “Porto seguro do investimento”, diz.
Causa e efeito
O quarto crescimento seguido criou onda de otimismo e previsão de alta de 3,25% no PIB. O economista Alessandro Azzoni vê isso como reflexo da volta ao trabalho presencial, que eleva demanda de outros serviços.
Ponte com o exterior
As oito ações da CNI com foco no comércio exterior atenderam 245 empresas, que movimentaram mais de R$7 milhões em negócios até agora, diz a confederação, que estima mais R$221 milhões em potencial.
Atenção limitada
O encontro dos ministros do TSE no Conselho de Comandantes Gerais (das polícias militares) para tratar de “segurança nas eleições” ganhou atenção. Já o presidente do conselho, coronel Paulo Coutinho, chefe da PM na Bahia desde janeiro de 2021, indicado pelo petista Rui Costa…
Pensando bem…
…no TSE, a lacração é literal e figurativa.
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