Humberto Miranda disse que o governo precisa ter atenção com a região semiárida da Bahia, onde estão os piores índices sociais do Estado.
O presidente da Federação da Agricultura da Bahia, Humberto Miranda, afirmou que a Bahia “passou vergonha” no processo de desestruturação da Agência de Defesa Agropecuária (Adab), disse que as ferrovias também foram desestruturadas no estado e defendeu a necessidade de investimentos em infraestrutura e conectividade.
As considerações de Miranda foram feitas na abertura, ontem, do encontro ‘Agro em Pauta’, promovido pela Faeb, e que vai reunir os três principais pré-candidatos ao Governo do Estado.
ACM Neto (União Brasil), foi o primeiro a debater e a apresentar propostas para o setor, no encontro que reuniu produtores rurais de diversas regiões do Estado. – Clique AQUI e confira.
Humbero Miranda destacou ainda o “problema seríssimo” da insegurança na Bahia, que atinge em cheio a pecuária. Ele citou casos de roubo de animais e diz haver quadrilhas que sabem “como roubar, quem vai abater, quem vai revender”, além do roubo de cargas. Também defendeu a necessidade de educação profissionalizante e assistência técnica de extensão rural.
“O Estado tem mais de 700 mil produtores, 90% pequenos. Essas famílias estão espalhadas por praticamente todos os municípios. Precisamos ter um modelo de educação profissionalizante”, disse.
Miranda também pontuou que é preciso ter maior atenção com a região semiárida da Bahia, onde estão os piores índices sociais.
“Nunca tivemos na história um projeto de desenvolvimento estruturado para o semiárido, que pense educação, economia, infraestrutura”, afirmou.
Ele ressaltou que o semiárido é uma região muito propícia para se produzir e que é preciso buscar exemplos, como o de Israel, que tem modelos de irrigação baixo consumo de água.
Ao final de sua exposição para os representantes do setor agricola, ACM Neto ressaltou que continua recebendo ideias, sugestões e contribuições. Ele recebeu, antes do evento, documentos da Associação de Agricultores e Irrigantes da Bahia (Aiba), da Associação Baiana dos Produtores de Algodão (Abapa), dentre outras entidades do Oeste baiano.
“Esses documentos têm sido recebidos com o máximo de atenção, temos feito discussões internas. Garanto que teremos o plano de governo mais completo já apresentado para o debate eleitoral para o Estado”, salientou.