Advogado Tiago Cedraz é filho do ministro Aroldo Cedraz, do TCU. (Foto: Reprodução/Diário do Poder)
CLÁUDIO HUMBERTO
Se cunhado não é parente, “super-concunhado” pode ser. É como se explica no governo a indicação de Daniel Maia para ser diretor da ANP, agência reguladora de petróleo. Ele é concunhado do advogado Tiago Cedraz, figura notória e alvo de operações da Polícia Federal. Servidor do Tribunal de Contas da União (TCU), o concunhado também obteve cargo relevante no TCU por seu “super-quase parentesco”. Ele é casado com Virgínia, irmã da esposa do Tiago Cedraz, o filho mandão.
Antigo protegido
Em 2015, o concunhado ganhou do presidente do TCU Aroldo Cedraz, pai de Tiago, a secretaria responsável pela área de Energia da corte.
Aos 45 do 2º tempo
O escolhido do ministro Bento Albuquerque (Minas e Energia) era outro, mas Daniel Maia ganhou na Casa Civil a indicação à ANP.
Agora vai
A definição do super-concunhado para a ANP fez um destacado ministro do TCU ironizar: “agora Aroldo Cedraz destrava a Eletrobrás”.
Faca e o queijo
O TCU já aprovou outorga a ser pega pelos futuros controladores ao governo, mas o relator Cedraz ainda terá de definir os termos da venda.