REDAÇÃO DO JORNAL DA MÍDIA
Na contramão do decreto do Governo do Estado que suspende as operações do transporte intermunicipal regulamentado na Bahia, os transportadores clandestinos estão faturando alto em Feira de Santana e em várias regiões da Bahia. E o pior: tudo acontece por falta de fiscalização do próprio Estado, que, através do seu órgão regulador, a Agerba (Agência de Regulação de Transportes da Bahia), não fiscaliza e nem está combatendo como devia a irregularidade, que acontece de forma escancarada.
Em Feira de Santana, principal entroncamento rodoviário da Bahia, os veículos atuam aberta e livremente e bem em frente ao Terminal Rodoviário da cidade, que está fechado em cumprimento ao decreto governamental que visa combater a disseminação do coronavírus na Bahia. O escritório da Agerba no município fica no interior do Terminal Rodoviário e os prepostos da agência sabem tudo sobre a atuação dos clandestinos.
São vans, micro-ônibus, e até automóveis de passeio que formam uma imensa frota clandestina de veículos que atua livremente no município, transportando passageiros irregularmente e sem qualquer segurança. E o que é pior: contribuindo para o avanço do coronavírus, justamente o que o governo quer combater.
“Veja a grande contradição: o governo baixa um decreto, fecha as rodoviárias e suspende as operações do transporte intermunicipal, com o objetivo de combater a Covid-19. E permite, por falta de fiscalização, a operação do transporte clandestino. Quer dizer, a doença continua se espalhando com a atuação desenfreada dos clandestinos. Isso sem se falar no enorme prejuízo que as empresas de transporte intermunicipal regulamentado vem acumulando”, disse um funcionário de uma empresa do setor.
E não é somente em Feira de Santana e região que o transporte clandestino está operando livremente. Em Santo Antonio de Jesus, Juazeiro, Itabuna e Teixeira de Freitas, entre outros municípios, esse sistema irregular está atuando e faturando alto, conforme denúncias de empresários do setor.