O ministro Og Fernandes, do Superior Tribunal de Justiça (STJ), decidiu nesta segunda-feira (30) converter de temporária para preventiva a prisão da desembargadora Sandra Inês Moraes Rusciolelli Azevedo. Ela é uma das pessoas investigadas na Operação faroeste, que apura esquema de venda de sentenças no Tribunal da Justiça da Bahia (TJ-BA).
Na prática, com a decisão do órgão, a prisão da desembargadora não terá prazo para expirar. Isso porque a prisão temporária pode durar somente até 10 dias.
Sandra Inês Moraes Rusciolelli Azevedo foi presa pela Polícia Federal no dia 24 de março por suspeita de receber R$ 250 mil de propina para dar decisão favorável a uma empresa. Segundo o ministro, o dinheiro foi recebido por meio do filho dela, Vasco Rusciolelli Azevedo.
Segundo o ministro Og Fernandes, relator da Operação Faroeste, a desembargadora Sandra Inês continuou a cometer crimes mesmo após o desenrolar das investigações da operação.
Além de ser presa no dia 24 de março, a desembargadora foi afastada do cargo pelo período de um ano. Durante o afastamento, ela continua recebendo salário normalmente, já que, pelas regras, o magistrado só deixa de receber se tiver condenação definitiva.
A prisão de Sandra Inês ocorreu na quinta fase da operação. Na ocasião, a Polícia Federal cumpriu 11 mandados expedidos, três deles de prisão temporária e outros oito de busca e apreensão.
De acordo com o STJ, a prisão dos advogados Vasco Rusciolelli Azevedo e Vanderlei Chilante também foram convertidas em preventiva.