CLÁUDIO HUMBERTO
Ao defender mais uma vez a quebra do monopólio dos distribuidores de combustíveis para reduzir o preço final para o consumidor, o presidente Jair Bolsonaro voltou a aplicar um “pedala” que serve muito bem ao ministro da Economia, Paulo Guedes. O czar da economia tem feito ouvidos moucos às declarações de Bolsonaro sobre o tema, revelando-se mais sensível aos argumentos do poderoso lobby dos distribuidores.
OUVIDOS MOUCOS
Em maio, Bolsonaro defendeu a venda direta de etanol aos postos, sem a intermediação dos distribuidores. Guedes fez que não ouviu.
CARTÓRIO RENTÁVEL
Empresários da distribuição de combustíveis adquiriram na “agência reguladora de petróleo” ANP o cartório que os converteu em magnatas.
PURA PICARETAGEM
Os distribuidores atuam como atravessadores e não agregam qualquer valor ao combustível. Agregam custos (seus lucros), elevando preços.
QUEM SE LOCUPLETA
“Lá na refinaria o preço está lá embaixo”, disse ontem Bolsonaro, atribuindo o preço elevado inclusive aos distribuidores/atravessadores.