O volume do setor de serviços na Bahia recuou novamente em junho (-1,0%) frente ao mês anterior, após já ter caído 1,9% na passagem de abril para maio. O resultado do estado ficou igual à média nacional (-1%) e acompanhou o movimento de queda disseminado por 19 das 27 unidades da Federação, nessa comparação. Os serviços baianos também tiveram desempenho negativo na comparação com junho de 2018 (-6,5%) e pior que a média nacional (-3,6%). Nesse confronto, 20 dos 27 estados viram o volume de serviços recuar, com destaque para Acre (-11,8%) e Piauí (-10,7%). No outro extremo, os melhores resultados foram verificados no Amazonas (4,0%) e em Pernambuco (2,6%).
O desempenho majoritariamente negativo dos serviços, no país, na comparação com junho de 2018 sofreu influência de uma alta base de comparação, resultado dos efeitos da greve dos caminhoneiros, em maio de 2018.
De acordo com o IBGE, com esses resultados, o setor de serviços na Bahia, que vinha se mantendo no positivo nos acumulados no ano e nos últimos 12 meses, passou a apresentar retração em ambos os indicadores. Recua 0,4% no primeiro semestre de 2019 e cai 0,7% nos 12 meses encerrados em junho.
Ambos os resultados estão aquém da média nacional, que mostra variações positivas de 0,6% no ano e 0,7% nos 12 meses.
Transportes têm forte queda
A queda no volume do setor de serviços baiano em junho, frente ao mesmo mês de 2018 (-6,5%), foi resultado do desempenho negativo de três das cinco atividades investigadas no estado: outros serviços (-18,4%), transportes, serviços auxiliares aos transportes e correio (-13,0%) e serviços de informação e comunicação (-2,9%).
Segmento de maior peso na estrutura de setor de serviços baiano e com forte queda no mês, os transportes (-13%) foram os que mais contribuíram para o resultado negativo no estado.
O desempenho da atividade foi um dos que mais sofreram o efeito da base de comparação elevada, resultado dos efeitos da greve dos caminhoneiros em maio do ano passado. Após o fim da paralisação, em junho de 2018, o segmento de transporte apresentou um forte aumento da demanda e havia crescido 6,7% naquele momento.
Foi o segundo resultado negativo do ano para os transportes, na Bahia. A atividade vinha crescendo seguidamente desde fevereiro e acumula alta de 0,9% no primeiro semestre de 2019.