Os policiais civis da Bahia se reunirão em assembleia geral nesta quinta-feira (1) para discutir sobre portaria do Delegado-Geral Bernardino Brito, que de forma compulsória, segundo o sindicato da categoria, obriga os policiais a aderirem às diárias e escalas de plantões, durante o Carnaval de Salvador. A Assembleia está marcada para às 10h na sede da Associação dos Funcionários Públicos da Bahia (AFPBA), na Carlos Gomes. A categoria admite que pode entrar em greve.
O vice-presidente do Sindpoc, Eustácio Lopes, classifica a portaria do delegado-geral como ”autoritária” e “desrespeitosa” ao querer impor à categoria uma condição de trabalho análoga à escravidão. O sindicalista destaca que a diária no valor R$ 149,00 é incompatível com as despesas de alimentação, hospedagem e transporte.
“Os policiais saem do interior para vir trabalhar na capital e esses valores são totalmente aviltantes. Os servidores acabam dormindo em viaturas e colégios. O Governo ao invés de sentar para negociar e corrigir os valores pagos, institui uma portaria que tem como objetivo ameaçar a categoria. O sindicato irá protocolar Ações Judiciais e vai promover mobilizações políticas em todo o Estado”, denuncia Lopes.
O presidente do Sindpoc, Marcos Maurício, garante que o sindicato vai reagir de todas as formas para ”tentar barrar mas esse golpe do Governo do Estado” contra a categoria. ”Não vamos ficar de braços cruzados diante de mais um ataque os direitos dos policiais civis da Bahia!”, enfatiza o dirigente sindical.