Uma das marcas registradas da alta estação em Salvador são as festas populares, que reúnem milhares de pessoas nas ruas e, claro, tornam-se uma boa oportunidade para quem trabalha com comércio diariamente ou mesmo para quem quer ganhar um dinheiro extra nesse período. No entanto, a venda de produtos ao ar livre requer uma série de cuidados a serem tomados, definida através de decreto municipal.
De acordo com a Secretaria Municipal de Ordem Pública (Semop), pasta responsável pelo ordenamento do comércio ambulante na cidade, está proibido o uso de itens que afetem questões como segurança, saúde, circulação e bem-estar de quem participa dos festejos de largo. “Há muito tempo, uma lista de equipamentos deixou de ser utilizada pelo comércio informal porque representava ameaças à segurança que quem comparece às festas com o intuito de se divertir”, destaca o diretor de Serviços Públicos da Semop, Adriano Silveira.
Dentre esses itens está o famoso espetinho de churrasco. Isso porque o espeto de madeira pode ser utilizado como arma branca em brigas comuns e até mesmo em prática de assaltos. Sendo assim, os ambulantes devem comercializar o churrasquinho utilizando pratos e talheres de plástico, o que garante mais segurança aos cidadãos.
A venda de bebidas, como cervejas e refrigerantes, em garrafas de vidro também não são mais permitidas em festas de grandes concentrações populares. “Eram muito utilizadas como armas de defesa e de agressão, com alto grau de letalidade. As garrafas de vidro podiam ser transformadas facilmente num instrumento perfurante e de contundência gravíssimo”, lembra Silveira. Produtos em carros de mão, fogareiros, churrasqueiras, e demais embalagens reaproveitadas, de louças, alumínio ou de vidro também estão vetados.