Depois de dois meses de queda, as exportações baianas apresentaram em maio crescimento de 2,5% atingindo US$ 926,8 milhões. O crescimento de 23,3% nas receitas do agronegócio foi o principal responsável para a reversão da tendência de queda das exportações. O setor, puxado pela soja e pela celulose foi responsável por embarques em volume 27,5% maiores que em igual mês do ano passado. As informações são da Superintendência de Estudos Econômicos e Sociais da Bahia (SEI-Seplan).
No total, o quantum embarcado em maio superou em 16% o volume do mesmo mês de 2013, compensando a queda nos preços, que pelo terceiro mês consecutivo apresentaram redução de 11,65%. No ano, os preços médios dos produtos exportados pela Bahia recuaram 11,23%.
Se em maio as commodities agrícolas e minerais de um modo geral tiveram bom desempenho, os produtos manufaturados amargaram quedas na maioria dos seus itens. Caíram as vendas de petroquímicos (-1,6%); derivados de petróleo (-8,6%); automóveis (-25%) e calçados (-42,1%), resultado da queda de preços, do câmbio menos competitivo, da menor demanda mundial e da crise cambial na Argentina.
Por outro lado, o complexo soja (grão, farelo e óleo) elevou os embarques em 23% (440,5 mil toneladas) ante a perspectiva de queda de preço ainda maior a partir de setembro. Os embarques de celulose e papel também cresceram 35,7% atendendo a retomada das encomendas na China e ante a queda dos estoques globais. Já as vendas de produtos minerais cresceram 725,8% empurradas pelo aumento dos embarques de minério de níquel e magnesita.
No ano, até maio, as exportações ainda estão 5,9% inferiores ao mesmo período do ano passado atingindo US$ 3,68 bilhões. Já as importações alcançaram US$ 3,65 bilhões com um crescimento de 11,4%. Com esses resultados, o saldo comercial no ano é de apenas US$ 33 milhões, 95% inferior a jan/maio de 2013.
Só em maio, as importações cresceram 31% embaladas pelo aumento das compras de combustíveis (69%); minério de cobre (45%); fertilizantes (55%) e trigo (70%). As importações de bens de capital que significam investimento também cresceram 8% em maio. O aumento das compras externas só não foi ainda maior por conta da queda na produção industrial que chegou a 1,6% até abril.