Cristina Indio do Brasil
Agência Brasil
Rio de Janeiro – O grupo dissidente que está à frente da paralisação dos rodoviários no Rio avaliou que houve de adesão 30% da categoria. Hélio Alfredo Teodoro, um dos líderes do grupo, disse que apesar da baixa participação, a greve que termina à meia-noite de hoje (28) é positiva. “Não foi 100% de adesão mas, para a gente, ainda é positiva”, disse.
Para o rodoviário, o pequeno envolvimento na paralisação foi provocado por uma questão econômica. “O movimento não está enfraquecido; o que se trata é que estamos em final de mês, o pessoal sem dinheiro. Segundo ele, quem está rodando [trabalhando] com os ônibus não terá descontos no pagamento, que seria feito caso ficasse parado, e ainda pode manter o emprego”.
Hélio Alfredo Teodoro disse que se a paralisação for considerada abusiva, conforme defende o Rio Ônibus (sindicato das empresas), isso ocorrerá por falta de negociação. “Eles têm o poder de pedir ao sindicato para negociar com a classe, mas eles não fazem isso”, contou.
O rodoviário contestou a análise do presidente do Rio Ônibus, Lélis Teixeira, que considerou o movimento dissidente sem legitimidade, e ainda colocou em dúvida a força política do grupo que perdeu a presidência do sindicato. Hélio Alfredo explicou que até a última eleição, que ocorreu no ano passado, os dissidentes concordavam com o comando do grupo eleito. “Naquela época, nós acreditávamos no sindicato. Hoje não acreditamos mais”, disse.
O líder dissidente acrescentou que na segunda paralisação da categoria nos dias 13 e 14 deste mês a área mais atingida com a falta do serviço foi a zona oeste, mas hoje a greve se espalhou por várias áreas da cidade. “Todas as empresas tiveram carros retidos. Continuamos fazendo piquetes nas portas de garagens”, disse. Ele destacou que até o fim da manhã não havia registro de ônibus quebrados, como aconteceu nas paralisações anteriores. A primeira foi no dia 8. “Pedimos para não quebrarem carros”, completou.