Agência ANSA
Roma – Segundo o presidente das Filipinas, Benigno Aquino, o número de mortos por conta da passagem do supertufão Haiyan pelo país está entre 2 mil e 2,5 mil. As declarações foram dadas ao canal norte-americano CNN. O mandatário afirmou que as estimativas anteriores, que davam conta de até 10 mil vítimas fatais, podem ter sido influenciadas pela emoção. No entanto, de acordo com ele, ainda falta contatar 29 municípios.
O tufão também já passou pelo Vietnã, onde deixou ao menos 14 mortos, quatro desaparecidos e mais de 80 feridos, segundo balanços preliminares feitos pelas equipes da Defesa Civil local, e pela China, que registrou cinco vítimas fatais.
Nesta terça-feira (12), a Organização Mundial da Saúde (OMS) disponibilizou para as Filipinas quatro kits emergenciais com materiais para tratar 120 mil pessoas e efetuar 400 intervenções cirúrgicas. Por sua vez, o Alto Comissariado das Nações Unidas para Refugiados (Acnur) está organizando a abertura de uma ponte aérea emergencial para assistir 9,8 milhões de pessoas afetadas pela catástrofe. A entidade pretende enviar, por meio desta ponte aérea, 1.400 kits com bens de primeira necessidade, como sabonete, cobertores, roupas íntimas e telas de plástico.
A ONU também fez um apelo para recolher US$ 301 milhões (cerca de R$ 692 milhões) para financiar um projeto durante os próximos seis meses de apoio às vítimas do Haiyan. Em outra iniciativa, o Fundo das Nações Unidas para a Agricultura e Alimentação (FAO) pediu US$ 24 milhões (cerca de R$55 milhões) para “intervenções imediatas” de apoio à agricultura e pesca no país. “O supertufão Haiyan deixou um rastro de destruição e milhares de vítimas humanas. A devastação causada nas Filipinas, incluindo no setor de pesca, agrícola e florestal, pode repercutir na cadeia de fornecimento de alimentos e na segurança alimentar”, disse o diretor-geral da FAO, o brasileiro José Graziano da Silva. (Ansa Brasil)