O turista que passa as férias na Península de Maraú, no Baixo Sul do estado, mal imagina. Mas ele divide belas paisagens que misturam manguezais, lagos, rios, cachoeiras e praias paradisíacas, com urubus, abutres e porcos. E com uma imensidão de lixo a céu aberto.
Lixo a perder de vista. Na alta estação, pelo menos 9 mil quilos (nove toneladas) de lixo sem tratamento são despejados a céu aberto todos os dias em um lixão que fica na península. O depósito de lixo, que não para de crescer e está numa Área de Proteção Ambiental (APA), hoje tem aproximadamente 40 mil quilos (40 toneladas) de resíduos sólidos acumulados.
Tudo isso a apenas 12 metros do Rio Tabatinga, um afluente do Rio Maraú que deságua em praias conhecidas da região, como Taipu de Dentro e Campinhos. O lixão fica em um esburacado trecho da BR-030, estrada que liga Maraú à praia de Barra Grande e de toda a extensão da península. Hoje, o local serve de moradia para catadores de lixo e é fonte de alimento para porcos e urubus. (Correio)