CLÁUDIO HUMBERTO
O nebuloso episódio do acordo entre o Serasa e o Tribunal Superior Eleitoral, para repasse de informações cadastrais de 141 milhões de brasileiros, mostra a face “oficial” do Brasil “paralelo”, que viceja sem freio há anos: venda de dados sigilosos nas ruas do Rio e São Paulo até por R$ 30. Suspenso pela presidente do TSE, Cármen Lúcia, o repasse consagraria a ilegalidade que só põe na cadeia os camelôs.
Big Brother – Não importam as justificativas para tal absurdo em nome da “lisura eleitoral”: é crime no Código Penal, com penas de um a 12 anos.
Longo alcance – Braço da Federação dos Bancos, o Serasa foi alvo de CPI em 2003, por suposta sonegação de R $50 milhões, e conluio com a Receita.
Explica aí – Por que o Serasa quer saber o nome da mãe de quem votou?
Assessor do cadastro – Os ministros do TSE já sabem quem foi o autor do parecer que fez a corte ceder dados de eleitores ao Serasa. Trata-se de Sérgio Cardoso, a quem colegas atribuem talento extraordinário para bajular ministros. (Coluna de Cláudio Humberto)