AGÊNCIA ANSA
Cidade do México – Um grupo de ativistas e acadêmicos mexicanos lançou uma campanha internacional contra a canonização do papa João Paulo II. Eles argumentam que o Pontífice encobriu casos de pedofilia e pederastia.
O grupo critica Karol Wojtyla por ter apoiado, em particular, o fundador da ordem Legionários de Cristo, o sacerdote mexicano Marcial Maciel, morto em 2008 e acusado de abusar de seminaristas e ter vida dupla, com duas esposas e três filhos.
Os ativistas afirmam que o papa Francisco deveria suspender o processo de canonização até que a Organização das Nações Unidas (ONU) conclua uma investigação sobre crimes sexuais na Igreja Católica.
“O Pontificado de João Paulo II ficou marcado por uma crise provocada pelos milhares de casos de abusos sexuais de sacerdotes contra crianças”, disse o ex-padre Alberto Athié, um dos maiores opositores à ordem Legionários de Cristo. Segundo ele, existem mais de 212 arquivos na Congregação para a Doutrina da Fé Congregação para a Doutrina da Fé relacionados à denúncias contra Maciel.
Entre o grupo que defende o fim do processo de canonização de Wojtyla, estão entidades mexicanas como “Católicas pelo Direito de Decidir”, “Observatório Eclesial”, “Centro de Estudos Ecumênicos”, “Sobreviventes de Pessoas que Sofreram Abusos de Sacerdotes no México” (SNAP) e vítimas de pedofilia. (Ansa Brasil)