Elaine Patricia Cruz
Agência Brasil
São Paulo – Pacientes, parentes e amigos de pessoas que sofrem de fibromialgia fizeram na manhã de hoje (17) uma pequena caminhada pela zona sul da capital paulista. A caminhada teve início na frente do Hospital São Paulo (Hospital Universitário da Universidade Federal de São Paulo, a Unifesp) e seguiu até a Estação Santa Cruz do Metrô. O destino dos cerca de 30 participantes era a Estação Clínicas do Metrô, onde estão expostos trabalhos artísticos feitos por pacientes que fazem tratamento contra fibromialgia no hospital.
A exposição, chamada AdorArte, estará aberta até o dia 22 deste mês. Dos mais de 200 trabalhos produzidos por 80 mulheres foram selecionados 20 para a exposição. Os trabalhos foram desenvolvidos por pacientes com fibromialgia que participaram do Projeto Mão a Obra, desenvolvido pela fisioterapeuta e artista Andréia Salvador Baptista e coordenado pelo professor Jamil Natour.
O objetivo da iniciativa foi avaliar a eficácia da terapia artística para o tratamento da dor e fazer com que os pacientes falassem sobre o que estavam sentindo. “As pacientes tiveram aulas de artes e de expressão corporal e se expressaram por meio das telas, já que falar sobre a doença nem sempre é tão fácil”, disse a fisioterapeuta. Segundo Andréia, a terapia artística, aliada à atividade física, deu grande resultado. “Trabalhando não só o físico mas também o emocional o efeito é mais duradouro. Elas (pacientes) ficaram por mais de um ano sem dor”, falou a fisioterapeuta.
Os trabalhos estão expostos no salão principal do hospital e na Estação Clínicas. “Estão expostas obras de arte que falam de fibromialgia. Foram feitas por pacientes que participaram de um grupo de terapia durante cinco meses. E, nesse grupo, essas pessoas se expressavam artisticamente. Desse trabalho surgiram obras muito bonitas que decidimos expor”, disse Andréia.