CLÁUDIO HUMBERTO
O ministro Jorge Hage (Controladoria-Geral da União) disse nesta sexta (7), que o julgamento do mensalão não garante punição em novos casos de corrupção. Segundo ele, o caso não muda em nada as regras processuais brasileiras e o efeito do julgamento não é retroativo.
“Não há que se iludir, ninguém, com o recente e badalado julgamento da ação penal 470. Isso não garante nada, em termos de ter a punibilidade, pela via judicial, para melhorar nosso país . Não se alterou uma vírgula do regramento processual. Os milhares de processos que tramitam hoje em todas as instâncias da justiça brasileira continuam regidos pela mesma regra. O ritmo continuará o mesmo”, afirmou.
Hage foi enfático ao creditar trâmite rápido do processo ao foro privilegiado de alguns réus e às pressões da imprensa. “O julgamento da ação penal 470 se concluiu num tempo recorde. Esse privilégio perverso de foro permitiu a possibilidade de a ação se concluir num rapidíssimo tempo de sete anos, somada, claro, à enorme pressão da imprensa sobre a Corte Suprema”, concluiu. (Coluna de Cláudio Humberto)