CLÁUDIO HUMBERTO
Tem assessor com o dedo na tomada, após o blecaute que atingiu quatro regiões na quinta (5), pondo em cheque um sistema montado em 2005 pela então ministra de Minas e Energia, Dilma Rousseff. Gerentona louvada por Lula, ela queria evitar o vexame do apagão histórico de novembro de 2009, quando 18 Estados ficaram sem luz, em plena corrida presidencial. Garantir o sistema virou sua obsessão.
Deu tilt – Energia barata ainda é a grande meta, mas o novo incêndio em Furnas mostrou falta de manutenção: sem luz, a conta é desnecessária.
Bode expiatório – No Planalto, há quem aposte na saída do ministro Edison Lobão (Minas e Energia). É que os apagões sobraram para ele, inclusive em telefonemas irados de Dilma, mas quem cortou investimentos foi o ministro Guido Mantega (Fazenda), com aval da presidenta.
Lanterna – A Eletrobras investiu apenas 37% (R$ 570 milhões) do R$ 1,5 bilhão previsto no orçamento. Desse modo, apagões serão inevitáveis.
Nome é destino – Chama-se Hermes Chipp, o presidente do Operador do Sistema Elétrico que é incapaz de evitar apagões. Está na hora de trocá-lo? (Coluna de Cláudio Humberto)