Salvador – Flagrado com R$ 168 mil num hotel de luxo, no bairro de Ondina, Adílson Souza Lima, o “Roceirinho”, 31 anos, líder do tráfico de drogas em Itaparica, Vera Cruz e municípios da Costa do Dendê, foi apresentado à imprensa no prédio sede da Polícia Civil, na Piedade, juntamente com o assaltante de banco Vilmar Florêncio da Silva, o “Dona Vilma”, 33. O dinheiro apreendido com eles dentro do quarto do hotel, na quinta-feira (6), é oriundo da venda de drogas, segundo informou o diretor do Departamento de Narcóticos (Denarc), delegado Jorge Figueiredo.
Com prisão preventiva decretada pela Comarca de Boa Nova, “Roceirinho” havia participado de um assalto ao Banco do Brasil daquela cidade. Seu comparsa “Dona Vilma” também tinha um mandado de prisão preventiva em aberto pela participação no mesmo assalto. Apontado como financiador de quadrilhas de roubos a instituições financeiras, Adílson estava com uma CHN falsa em nome de Edvaldo Alves Silva, ao ser capturado dentro do hotel, em Ondina.
Autuado por uso de documento falso e falsidade ideológica, “Roceirinho” teve a prisão em flagrante convertida pela Justiça em prisão preventiva. Ele e Vilmar Florêncio ficarão recolhidos no Presídio de Salvador. “O dinheiro apreendido está impregnado com um forte odor de maconha e crack, sugerindo que as cédulas tenham sido recolhidas em pontos de venda de drogas”, salientou o delegado Jorge Figueiredo, que encaminhará o montante para perícia no Departamento de Polícia Técnica (DPT).
Chacina – Indiciado em três inquéritos e respondendo a um processo, “Roceirinho” ordenou, em 2010, uma chacina que vitimou cinco pessoas da mesma família, na localidade de Barra do Gil, em Vera Cruz, na Ilha de Itaparica. Ele também mandou executar o ex-parceiro Edson Conceição, por uma suposta dívida de R$ 30 mil.
Em setembro no ano passado “Roceirinho” foi preso durante operação do Grupo Avançado de Repressão a Crimes Contra Instituições Financeiras (Garcif), com outros cinco comparsas. Na ocasião os policiais apreenderam armamento de vários calibres, munições, coletes, carregadores, veículos e R$405 mil em dinheiro, subtraídos no assalto ao banco de Boa Nova. Duas semanas após a captura, Adílson foi libertado por meio de habeas-corpus.