CLÁUDIO HUMBERTO
A presidenta Dilma Rousseff surpreendeu, ao definir rapidamente a escolha do novo ministro do Supremo Tribunal Federal apenas uma semana depois da aposentadoria do ocupante da vaga, Cezar Peluso. Ela atendeu em parte ao pedido que lhe foi feito pelo ex-presidente Lula, com quem se reuniu quinta-feira (6) em São Paulo.
Lula pediu que ela fizesse logo a escolha, a tempo de participar do julgamento do mensalão, em curso no STF, e indicou para o cargo o ministro Luiz Adams, chefe da Advocacia Geral da União. A presidenta atendeu Lula em parte, ao apressar a escolha, mas optou por uma solução técnica: Teori Albino Zavascki, ministro o Superior Tribunal de Justiça, segundo catarinense a compor o STF na história da corte e o segundo em 63 anos (outro foi Luiz Galotti, nomeado pelo ex-presidente Eurico Dutra).
O governo chegou a ensaiar uma encenação, para fazer parecer que a sugestão foram exatamente de Adams, preterido pela segunda vez para o cargo. A presidenta demorou seis meses para definir a gaúcha Rosa Weber para o STF. (Coluna de Cláudio Humberto)