CLÁUDIO HUMBERTO
Os hospitais públicos brasileiros perderam cerca de 47 mil leitos entre outubro de 2005 e junho deste ano. No período, as vagas caíram de 374.707 para 327.636. O levantamento do Conselho Federal de Medicina, com base nos dados do Cadastro Nacional de Estabelecimentos de Saúde (CNES/MS) e da Associação de Medicina Intensiva Brasileira (AMIB), mostrou que essa redução ocorreu em áreas como pediatria, obstetrícia e psiquiatria.
De acordo com o Correio Braziliense, os dados observados entre 1990 e 2011 mostram que o número de leitos inativos passa de 200 mil. Apesar de o Ministério da Saúde informar que a desativação de leitos é uma tendência mundial por conta dos avanços tecnológicos que permitem tratar o paciente sem a necessidade de internação, especialistas criticam a postura da pasta.
Segundo o levantamento, o maior problema das Unidades de Tratamento Intensivo (UTIs), por exemplo, é a má distribuição. Mais de 70% das 25 mil vagas que o país possui no setor estão concentradas nas regiões Sul e Sudeste. (Coluna de Cláudio Humberto)