Salvador – As exportações baianas em maio foram realizadas em circunstâncias externas muito difíceis, com alta volatilidade cambial, agravamento da crise européia e desaceleração da economia chinesa. Como resultado, houve uma redução de 12,2% na comparação com o mesmo mês do ano passado, embora apresentasse melhora em relação ao mês de abril, crescendo 16,6%.
As importações também tiveram o mesmo perfil – aumento de 1,3% em relação a abril último e queda de 6,3% em relação a maio de 2011. Para o coordenador de Comércio Exterior do governo da Bahia, Artur Cruz, “as vendas externas baianas ressentem-se da desaceleração do comércio mundial, principalmente da China e seus reflexos nos preços desses produtos no mercado internacional”. O estado possui 75% de suas exportações centradas em commodities.
Como reflexo do recrudescimento da crise internacional, os preços médios dos produtos exportados pelo estado recuaram 12,3% em relação a abril. Tanto o volume físico embarcado como os preços também recuaram em relação ao mesmo período do ano anterior – 5,3% e 7,3%.
As vendas para a União Européia tiveram forte queda de 17,6% em maio. Para a Ásia a redução foi de 13,4%, enquanto que para os EUA, -3,2%. As exportações só cresceram para o Mercosul e alguns países da América Latina como Venezuela, Chile e Peru.