Com três ministérios sob influência do senador, o Planalto não quer ampliar o poder de Alcolumbre com eventual presidência do Senado. (Foto: Beto Barata/Agência Senado)
CLÁUDIO HUMBERTO
A eleição para a Presidência do Senado será somente em 2025, mas já mobiliza parlamentares e causa ruídos entre o governo Lula e um dos principais nomes na disputa, Davi Alcolumbre (União-AP). O senador esperava apoio do Planalto para suceder a Rodrigo Pacheco (PSD-MG) no comando da Casa, mas, ao menos neste momento, o governo Lula tem outros planos, apoiar um candidato do MDB. Mesmo o prometido apoio de Pacheco a Alcolumbre corre o risco de não se concretizar.
Hora da poda
Com três ministérios sob influência do senador, o Planalto não quer ampliar o poder de Alcolumbre com eventual presidência do Senado.
Trocas
Alcolumbre não descarta troca de partido para facilitar e eleição. O União Brasil desidratou ao longo da legislatura, ao passo que o MDB cresceu.
Nomes
O PSD estuda lançar candidatura de Otto Alencar (BA). No MDB, os mais cotados são Eduardo Braga (AM) e o notório Renan Calheiros (AL).
Poder sem Pudor
Malícia política
Implacável na liderança da UDN, Carlos Lacerda interpelou Antonio Carlos Magalhães, o ACM, da corrente “Chapa Branca” do partido, sobre uma visita ao “inimigo”, o presidente JK. Ele confirmou o papo às dez da manhã e observou, cheio de malícia: “…antes de mim, esteve por lá, às sete horas, o Magalhães Pinto.” Referia-se ao presidente da UDN. “A raiva de Lacerda passou para o outro Magalhães”, divertia-se o babalaô baiano, ao lembrar o caso no livro “ACM fala de JK”.
Chove no molhado
Em nada deve mudar no PSDB a decisão judicial que anulou mandato de Eduardo Leite no comando do partido. Como ainda há recurso, a nova eleição, prevista para novembro, sai antes da decisão final da Justiça.
Cortar na carne
“Se não houver um esforço extra para enxugar a máquina e cortar gastos, o resultado fiscal será desastroso”, avalia Vivien Suruagy, da Feninfra, que representa o setor de call center e infraestrutura de telecomunicações, com 2,5 milhões de empregados.
Visão distinta
“Tenho certeza de que a melhor coisa que poderia acontecer ao povo palestino é o desaparecimento total do Hamas”, escreveu no ‘X’ o presidente de El Salvador, Nayib Bukele, de ascendência… palestina.
Muito a explicar
O ministro Mauro Vieira (Relações Exteriores) deve aparecer nesta semana no Senado para explicar a atitude condescendente do Brasil aos terroristas do Hamas e por que o Itamaraty não cita os criminosos.
Frase do dia
“Hamas, grupo terrorista que cumprimentou Lula pela sua eleição”
Ex-presidente Jair Bolsonaro define o grupo responsável pelo ataque a Israel no dia 7
Falta formalizar
Continua sem formalização nos boletins administrativos da Câmara e no Diário Oficial da União a demissão de Sayid Marcos Tenório, exonerado após ridicularizar uma israelense capturada por terroristas do Hamas.
Gilson no páreo
Gilson Machado, ex-ministro do Turismo de Jair Bolsonaro, deve mesmo disputar a Prefeitura do Recife pelo PL. Nas últimas eleições, quando disputou o Senado, teve quase 324 mil votos na cidade.
Escanteadas
O recurso gasto com políticas para mulheres, entre janeiro e setembro, somou R$224 bilhões. O montante responde por 8,3% do total do orçamento. É o menor índice dos últimos três anos.
Calorão
A agência norte-americana NOAA diz que 2023 deve ser o ano mais quente já registrado. Setembro já tem a marca como mês mais quente em 174 anos de registros globais, diz a agência.
Pergunta no dicionário
A ministra do Meio Ambiente tentar culpar o ex-presidente pelos incêndios este mês é, no mínimo, ginástica verbal.
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