O ministro Flávio Dino (Justiça) é um dos suspeitos de omissão durante quebradeira em Brasília – Foto; Agência Senado
CLÁUDIO HUMBERTO
Chama atenção da oposição no Congresso o interesse desproporcional de parlamentares do Maranhão na CPMI do 8 de Janeiro. A quase 1.600 km de Brasília, o estado detém o maior número de cadeiras na CPMI que apura a quebradeira… na Capital Federal: são seis parlamentares do estado que também é o domicílio eleitoral do ministro Flávio Dino (Justiça), um dos acusados de omissão durante os atos do dia 8.
Minoria local
Palco da quebradeira, o Distrito Federal, que arcou com boa parte do prejuízo, só tem dois parlamentares na CPMI. Um deles é suplente.
Acusação grave
O senador Sérgio Moro (União-PR) já lembrou que os agentes sob comando de Dino nada fizeram. “Havia quatro pelotões que não agiram”.
Controle de cena
A tropa maranhense ajuda a manter engavetados, por exemplo, pedidos de convocação do próprio Dino, alvo, até agora, de 15 requerimentos.
Poder sem Pudor
O fígado sofredor
O esporte favorito de Miguelzão, figura popular em Campina Grande (PB), era chamar de “beberrão” nos papos do calçadão da avenida principal, naquele ano de 1990, um conterrâneo ilustre: o saudoso poeta e candidato a governador Ronaldo Cunha Lima. Eleito, o político resolveu fazer as pazes com Miguelzão. Uma testemunha ponderou: “Ronaldo não guarda nenhum rancor, reconheça que ele tem bom coração!” Miguelzão concordou, mas não recuou: “É, o coração dele é bom, mas o fígado não presta…”
insatisfeito
Políticos de carona no carro do ministro Paulo Pimenta chegaram ao destino convencidos de que é iminente a demissão do presidente da estatal EBC, Hélio Doyle. O chefe da Secom não parou de falar mal do subordinado – cujo currículo, aliás, é bem melhor que o dele.
Ministros de fato
O deputado Evair de Melo (PP-ES) avalia que Fernando Haddad (Fazenda) está desarticulado: “quem segura as pontas da economia é o presidente Lira e Roberto Campos Neto”, presidente do Banco Central.
Cumprindo tabela
Segue no TSE a ação sobre o pagamento ilegal de cachês para 14 artistas fazerem o L na campanha de 2022, usando dinheiro público. Mas, apesar da indecorosa ilegalidade, ninguém aposta em Brasília que Lula, PT ou os artistas sejam condenados. Periga serem homenageados.
Orlando tapioca
O deputado Orlando Silva (PcdoB-SP) quis surfar na onda da atualização da Esplanada e lembrou de quando comandou a pasta do Esporte. Não mencionou que até tapioca de R$8 ele pagou com cartão corporativo.
Frase do dia
“O ministro Toffoli peca mortalmente”
Senador Hamilton Mourão (Rep-RS) sobre a anulação dos processos contra o ex-chefe
Estratégia covarde
À coluna, o presidente da Comissão de Segurança Pública e Combate ao Crime Organizado, deputado Sanderson (PL-RS), criticou anulação das provas da Odebrecht contra Lula, “faz parte de uma estratégia covarde para inocentar os corruptos que assaltaram o país”, avaliou o deputado.
Nº 1 em demissões
Lula, o “politicamente correto”, é o primeiro presidente brasileiro a demitir primeiro duas mulheres da sua equipe ministerial; Daniela Carneiro, do Ministério do Turismo e Ana Moser, do Ministério dos Esportes.
Só pensam nisso
A carga tributária não para de crescer. O orçamento da Agência Brasileira de Desenvolvimento Industrial (ABDI), que Lula usa para cooptar o centrão, recebe 2% da Cide, imposto sobre combustíveis ressuscitado por Lula na expectativa de arrecadar R$30 bilhões por ano.
Nada suspeito
“Grupo de trabalho” formado para realizar minirreforma eleitoral a tempo da eleição 2024 e liderado por petista tem como um dos objetivos a “simplificação do processo de contas e da propaganda eleitoral”. Humm…
Pensando bem…
…o STF transformou em premonição o que era apenas uma gozação do genial Roberto Campos: “no Brasil, até o passado é incerto”.
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