Leonardo Péricles é o candidato da Unidade Popular à Presidência da República. Foto: Divulgação.
CLÁUDIO HUMBERTO
Com André Brito
Ofundão eleitoral distribui parte dos R$4,9 bilhões igualmente entre todos os partidos, independentemente se elegeram algum parlamentar ou mesmo se participaram das últimas eleições. O caso do partido de extrema-esquerda Unidade Popular (UP) é emblemático porque faturou R$3,1 milhões do fundão. É como se cada filiado valesse quase R$1 mil. O MDB, partido mais antigo, que tem 37 deputados e 13 senadores, é o partido com mais filiados (2,1 milhões), recebeu R$169 por cada membro.
Nem se comparam
Maiores bancadas na Câmara, PL, PP e PT receberam R$372, R$258 e R$306 para cada filiado, respectivamente. Certamente têm inveja do UP.
Dinheiro na mão
O comando dessa bolada milionária é do presidente nacional do UP, Leonardo Péricles, candidato do partido a presidente da República.
Aparência é tudo
O UP tem como sede um apartamento na Asa Norte, em Brasília, e os contatos são número de celular de Belo Horizonte ou email do Gmail.
Poder sem Pudor
Sexo de governador
Israel Pinheiro era governador de Minas e conversava com amigos no Hotel Nacional, em Brasília, quando precisou ir ao banheiro. Ele ia entrando no toalete feminino e foi barrado por uma funcionária: “Dr. Israel, esse banheiro é feminino…” Ele retrucou, mineiramente, com uma piada: “Minha filha, e governador tem sexo?”
O Estado sou eu
A suspensão do piso dos enfermeiros e dos decretos sobre armas, mais uma vez, mostram que é do STF a sanção que vale para uma lei entrar em vigor. Seus ministros têm mais poder que os chefes dos Poderes.
Nada a ver
O autor do pedido de vista do caso das armas no STF, Nunes Marques, foi citado como “indicado por Bolsonaro”, como forma de desqualificar a decisão do ministro. Algo tão injusto como seria atribuir a liminar de Fachin ao fato de ter sido indicado no governo do PT, que fez o pedido.
Alvo certeiro
Segundo o senador Eduardo Girão (Pode-CE) relatou a esta coluna, há senadores que operam como uma PGR paralela. “Subversão completa da lei. Estão dando um ‘bypass’ (desvio) num organismo importante”.
Ruim para uns
A decisão do TSE de proibir publicidade do governo que promoveria descontos e condições especiais como uma espécie de Black Friday em setembro, talvez tenha chamado mais atenção que a própria campanha.
Bom para o Brasil
A Semana Brasil é promovida pelo governo Bolsonaro em setembro desde 2019. Quase 5 mil empresas se uniram para realizar uma semana promocional num dos poucos meses que não tem data comercial.
Conveniência é tudo
Tal como incêndios florestais aqui são culpa do governo e no exterior são “culpa do aquecimento global”, o apoio de Bolsonaro a Mauricio Macri foi visto como “interferência na soberania” da Argentina. Já o apoio de presidentes estrangeiros a Lula é tido como “defesa da democracia”.
Caminho certo
O deputado General Peternelli (UB-SP) destacou a redução no déficit de contas públicas a menos da metade de 2019: “Nós estamos aos poucos diminuindo a diferença do que se arrecada para o que se gasta”.
Abandonado
Dois anos após anunciar devolução do aeroporto de Natal ao governo, a Inframerica vem operando o terminal com pior desempenho do País. Segundo a AirHelp, um a cada 4 voos atrasou ou foi cancelado em julho.
Pensando bem…
…quem tem boca vai a Roma, mas é melhor não passar perto de Brasília.