A concessão da Light expira em 2026, mas os controladores precisam manifestar interesse na renovação – Foto: Marcello Casal Jr./Agência Brasil
CLÁUDIO HUMBERTO
O governo federal pode ganhar um mico chamado Light, concessionária de energia do Rio. A empresa tem mais de 4 milhões de consumidores cativos de energia e conta com a prestimosa agência reguladora Aneel, que fixa tarifas indecentes e autoriza “empréstimos” cujas parcelas são pagas nas contas de luz. Mas o chororô dos donos agora é contra ressarcir o que o cobrou a mais. O mercado se agira com uma possível devolução da concessão. Para completar, as “lightizinhas” de milícias que controlam as favelas provocam enorme perda comercial.
Além de milícias, Cedae
A Light é obrigada a ceder água de suas hidrelétricas para manter fluxos de água nos canais de favelas, a fim de empurrar os esgotos para o mar.
Os bambambãs
Controlam a Light o fundo Samambaia, liderado por Ronaldo César Coelho, e Beto Sicupira, sócio do bilionário JP Lehmann e da Ambev.
Ladeira abaixo
A Light perdeu 63% do seu valor em 12 meses e o banco suíço UBS reduziu a projeção de preço de sua ação de R$13 para R$6,3.
Pegar ou largar
A concessão da Light expira em 2026, mas os controladores precisam manifestar interesse na renovação de contrato até maio de 2023.