Urna eletrônica brasileira: atualmente, em média, cerca de 10% não devem votar – Foto: Roberto Jayme/Ascom TSE
CLÁUDIO HUMBERTO
Estudo da Neocortex Data Experts, que analisou as pesquisas eleitorais para presidentes da República no Brasil desde 2019, aponta que a proporção de eleitores brasileiros que não devem votar nas eleições de outubro tem aumentado nos últimos anos. Entre 2020, quando muitos eleitores admitiam que não pretendiam votar, e 2022, esse grupo de eleitores cresceu quase dez vezes. Atualmente, em média, cerca de 10% não devem votar, segundo se verifica nas pesquisas estimuladas.
Proporção real
As eleições de 2018 bateram o recorde de ausências de 1998: mais de 20,3% se abstiveram, quase 30 milhões dos 147 milhões de eleitores.
Quase abstenção
Os votos brancos e nulos também estão crescendo. Entre 8% e 10% dos eleitores devem anular os votos, ou deixá-los em aberto.
Pesquisas analisadas
A Neocortex estudou os levantamentos nacionais para presidente do Atlas, DataFolha, FSB, PoderData, IPEC, Paraná Pesquisas e Quaest.
Poder sem Pudor
Correção automática
Espirituoso, de inteligência brilhante, o embaixador Marcos Azambuja era diplomata em Buenos Aires quando seu chefe, Azeredo da Silveira, após algumas articulações, foi nomeado ministro das Relações Exteriores do presidente Ernesto Geisel. Levou para o Itamaraty todos os que serviam com ele, exceto Azambuja. O diplomata então se rendeu e pediu audiência a Silveirinha, que logo passou na cara: “Você nunca acreditou em mim, meu caro…” Ele respondeu na bucha, com seu jeito peculiar: “Errei, mas estou aqui para corrigir!”
Esqueceu de mim
Alckmin informou nas redes sociais o que todo mundo já sabia, isto é, a filiação ao PSB. O novo “socialista” formado na Opus Dei ainda parece envergonhado da própria decisão: não citou Lula, seu novo ídolo.
Questão de princípio
A triste decisão de Alexandre de Moraes se baseia em afirmação policial de que “notoriamente” o Telegram, agora proibido no Brasil, não “colabora com autoridades”. Não “colaborou” com ditaduras, faltou dizer.
Brasileiros censurados
O Telegram não é bolsonarista, como deve imaginar o ministro Alexandre de Moraes, e está em 60% dos celulares no Brasil. As maiores vítimas da censura são 18 milhões de brasileiros impedidos de usar o aplicativo.
Erro fatal
Ao receber a Medalha do Mérito Indigenista, nesta sexta (18), Bolsonaro cometeu um erro que muitos acham fatal: colocou um cocar na cabeça. Políticos fogem disso como o diabo da cruz. Alegam que dá azar.
Chutando o balde
Indagada por que a China foi mais ágil divulgando o teor da conversa dos presidentes, a porta-voz Jen Psaki, com a habitual arrogância, agrediu os chineses, acusando-os de fazerem isso “antes de a reunião acabar”.
Bem no Nordeste
O PSDB tenta manter a hegemonia em São Paulo, que governa há 27 anos, e no Nordeste aposta nas candidaturas de Rodrigo Cunha em Alagoas, Raquel Lyra em Pernambuco e Sílvio Mendes no Piauí.
Subindo
Esta semana, o Brasil superou a Itália na vacinação contra a covid-19. O país europeu tem menos de 84% da população com ao menos uma dose de imunizante e o Brasil já está com 84,2% da população com uma dose.
Confusão no horizonte
PT, PCdoB e PV decidiram formar federação partidária, nova invenção que permite os partidos a esperteza de somar seus fundos eleitorais. No DF, até agora, há quatro pré-candidaturas dos três partidos.
Pensando bem…
…a notificação do bloqueio do Telegram deve ter sido feita pelo WhatsApp.