Embaixador Ronaldo Costa Filho, reiterou a postura brasileira em busca do diálogo durante Assembleia Geral emergencial da ONU. Foto: Wilson Dias/EBC
CLÁUDIO HUMBERTO
A tentativa eleitoral de confundir os presidentes da Rússia e do Brasil esbarra na posição brasileira nas Nações Unidas, na assembleia-geral ou no conselho de segurança. O discurso de ontem do chefe da missão do Brasil na ONU, embaixador Ronaldo Costa Filho, arrancou elogios de quem entende do assunto e deixou no “ora e veja” quem torcia por uma titubeada do governo de Jair Bolsonaro, que falou em “neutralidade”, quando termo correto foi explicitado no discurso da ONU: equidistância.
Posição história
Mesmo equidistante dos conflitos, o Brasil condenou na ONU a invasão russa, pedindo respeito à soberania da Ucrânia e solução negociada.
Trevisan gostou
O professor Leonardo Trevisan, professor de Relações Internacionais da PUC-SP, foi um dos especialistas que elogiaram o discurso brasileiro.
Posição adequada
“Não precisa dizer mais nada”, disse Trevisan, ao citar referências do embaixador Ronaldo Costa Filho à posição brasileira de “equidistância”.
Poder sem Pudor
Bombardeio aéreo
No governo José Sarney, o líder baiano Roberto Santos era o ministro da Saúde e o filho do então ministro da Aeronáutica era titular da Secretaria de Vigilância Sanitária. Os dois brigaram por causa de um caso de contaminação de sucos de frutas. Sobrou para o rapaz, sumariamente demitido. Mas reza a lenda que ele se vingou, promovendo atos do mais genuíno terrorismo à brasileira: piloto de ultraleve, fazia voos rasantes sobre a casa de Santos, na Península dos Ministros, em Brasília. Megafone em punho, berrava: “Vou jogar suco na sua piscina!”
Notícias do front
O repórter da Band no front, Yan Boechat, experiente na cobertura de conflitos internacionais, observou ontem que os russos, até agora, estão nitidamente tentando evitar alvos civis e a destruição da infraestrutura.
Vai que é tua
O STF deu mais uma força à candidatura do ex-corrupto Lula suspendendo outro processo de ladroagem, no caso em que é acusado de receber propina na compra dos caças suecos Gripen.
É guerra, Mamãe
O deputado Arthur do Val Mamãe Falei explicou nas redes sociais que foi à Ucrânia ver “o maior evento político da minha geração”. Como se tivesse ido dar um rolé no Lollapalooza e descobriu estar numa guerra.
Lorota de candidato
Sérgio Moro diz que nunca prendeu quem não merecia. Não é verdade. Houve casos como o do publicitário que prendeu por 90 dias, na ação contra o ex-presidente do BB Aldemir Bendine. Após intensa aflição e humilhações, o publicitário foi declarado inocente. O MPF nem recorreu.
Contra redução de impostos
Pagadores de impostos veem intrigados políticos de oposição queixando-se da redução de carga tributária alegando “perda de receitas”, apesar da arrecadação recordes. Eles temem é perda de votos para governistas.
Saindo do PSB
O deputado Luiz Claudio Romanelli, do Paraná, deixará o PSB caso a legenda se una em federação ao PT. Deputados estaduais do PSB de todo o País rejeitam a federação com petistas, até por razões regionais.
Efeito do pânico
A volta às aulas já mostra os graves transtornos psicológicos causados pela clausura e exposição ao terror midiático em crianças na pandemia. Para a psicóloga Muriell Coelho, o distanciamento social potencializou a ansiedade e pode ter gerado “um quadro de fobia social de fato”.
Queda continua
A Quarta-Feira de Cinzas trouxe o fim do carnaval e outra redução das médias de casos e mortes por covid. Segundo o Conselho Nacional de Secretários de Saúde (Conass): 51 mil casos e 512 mortes, em média.
Pergunta na lacrolândia
De que adianta a Fifa usar questões humanitárias para excluir a Rússia da Copa do Mundo e manter a competição no Catar?