Barroso atacou Bolsonaro e acusou o presidente de crimes que pode vir a julgar. Foto: Nelson Jr /SCO/ STF
CLÁUDIO HUMBERTO
Em discurso exasperado, distante do habitual comedimento, o ministro Luis Roberto Barroso, do Supremo Tribunal Federal (STF) e presidente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), antecipou seu julgamento, no caso do suposto vazamento de dados do inquérito sobre invasão do sistema eleitoral, acusando frontalmente o presidente Bolsonaro. Até lamentou a inexistência de adjetivos que definam o crime atribuído ao presidente.
Milícias digitais
O magistrado chegou a acusar o presidente da República, sem apresentar provas, de auxiliar “milícias digitais e hackers”.
É só o começo
As palavras agressivas de Barroso marcaram a primeira sessão do TSE neste ano eleitoral de 2022, e parecem sinalizar o que vem por aí.
Vai ser animado
Barroso será substituído no dia 28 por outro ácido critico de Bolsonaro, Edson Fachin, e em 17 de agosto por um inimigo, Alexandre Moraes.
Poder sem Pudor
Greve teatral
O Ato Institucional nº 5, que revogou as liberdades democráticas no Brasil de 1968, levou muitos adversários do regime militar à cadeia. Entre eles Carlos Lacerda, que resolveu iniciar uma greve de fome no cárcere. O médico e amigo Antônio Rebello, que monitorava o pulso de Lacerda, começou a ficar preocupado e vivia implorando para que o líder carioca suspendesse a greve. Um dia fez uma comparação definitiva: “Você está tentando fazer Shakespeare no País de Dercy Gonçalves!” Percebendo o ridículo da situação, Lacerda desistiu da greve.
Custo PT: R$1,5 trilhão
É grave a revelação de Bolsonaro sobre o endividamento da Petrobras de mais de R$900 bilhões, na era PT, além do rombo de R$500 bilhões no BNDES e R$45 bilhões na Caixa. Cerca de R$1,5 trilhão.
Como um estadista
O presidente da Câmara, deputado Arthur Lira, fez o melhor discurso na reabertura do Congresso, pedindo união “porque o Brasil tem pressa” e que todos deixem a eleição para outubro. Além disso, prometeu empenho na votação de projetos. Discurso de estadista.
Eles não usam máscaras
O “ex-corrupto” Lula já recebeu o trio que compôs a cúpula da CPI da Pandemia, deixando claro que os senadores serviram muito mais ao projeto petista de retomar o poder do que a investigar irregularidades.
Senado roda-presa
O presidente roda-presa do Senado, Rodrigo Pacheco, na condição de presidente do Congresso, foi obrigado a vestir saia justa para citar o número de votações na Câmara, três vezes mais que o Senado.
Longe de acabar
Não encerra o assunto o relatório da PF que isentou o presidente Bolsonaro no caso Covaxin. A mestre em Direito Penal Jacqueline Valles lembra que a conclusão não cabe ao delegado, mas ao MPF.
Apavorar é a meta
Soube-se ontem que no DF foram registrados mais de 5 mil novos casos de ômicron em 24 horas, e que 96% das UTIs estão ocupadas. Omitiu-se o detalhe de que esses 96% correspondem a 95 pessoas.
O Estado sou eu
Os partidos continuam fazendo do STF uma espécie de tutor dos poderes. Agora, o PV pede que a Corte “interprete” o regimento da Câmara e Senado e regule uso do regime de urgência.
Pior passou?
A explosão de casos da ômicron levou o Brasil à média recorde de 187 mil casos por dia. Felizmente, esse parece ter sido o pico. Nos últimos dois dias, a média caiu para 179 mil e segue em tendência de queda.
Pensando bem…
…a sessão de abertura do Legislativo mostrou que, frente à frente, todos se comportam.