O texto também restringe a participação do Estado na atividade econômica (Foto: CNJ/Reprodução)
CLÁUDIO HUMBERTO
Não passa de uma manobra marota para tirar de pauta o pornográfico aumento do fundão eleitoral, o “debate” sobre a implantação no Brasil de um regime jabuticaba, o “semipresidencialismo”. O tema foi plantado na imprensa por deputados ligados ao presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), responsáveis pela proposta que tunga R$5,7 bilhões do bolso dos brasileiros para financiar suas próprias campanhas eleitorais. Lira até admitiu discutir a ideia, mas implantá-la só depois da eleição de 2026.
Cortina de fumaça
A mudança de regime nunca foi projeto de Arthur Lira, mas ele não se opôs à cortina de fumaça para fazer o país esquecer o “fundão”.
Bandeira de Maia
Semipresidencialismo era bandeira do ex-presidente da Câmara Rodrigo Maia, que sonhava virar primeiro-ministro. Mas não tinha votos para isso.
Centrão enterrou
A proposta de Maia, segredada a esta coluna há 18 meses, foi sepultada pelo Centrão de Lira. Exatamente por ser uma bandeira do adversário.
Regime jabuticaba
“Semipresidencialismo” é lorota. Existe parlamentarismo com presidente protagonista, como na França, nomeando ministros da Defesa e Exterior.