O coordenador da Lava-Jato de Curitiba, o procurador Alessandro Oliveira, morreu nesta quinta-feira, aos 45 anos. Segundo fontes próximas ao procurador, ele enfrentava problemas de saúde após ter sofrido um acidente vascular cerebral e também havia descoberto um câncer. Passou os últimos dias internado, mas não resistiu. A morte não tem relação com a Covid-19.
Alessandro Oliveira havia substituído Deltan Dallagnol em setembro de 2020 como coordenador da força-tarefa da Lava-Jato de Curitiba. Após a extinção da força-tarefa e sua absorção por um novo órgão, o Gaeco (Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado), Alessandro passou a comandar o núcleo da Lava-Jato dentro do Gaeco.
Ele aceitou o desafio de assumir a força-tarefa em um momento de diversas derrotas da Lava-Jato perante o Judiciário, que culminou na anulação dos processos contra o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva. Sob sua batuta, a força-tarefa adquiriu um estilo mais discreto, mas continuou aprofundando as investigações sobre corrupção nos outros escalões da Petrobras. Foram deflagradas cinco novas operações, sendo a última delas a 80ª fase, realizada em fevereiro deste ano.