A segunda estimativa para a safra baiana de cereais, leguminosas e oleaginosas (também conhecidos como grãos) em 2021, prevê, em fevereiro, que a produção deve chegar a 9.741.386 toneladas neste ano. Isso representa uma queda de 3,2% (ou menos 321.859 toneladas) em relação ao recorde de 2020 (10.063.245 toneladas). A previsão de fevereiro ficou 1,1% menor que a de janeiro, quando a estimativa era de uma safra de 9.849.386 toneladas de grãos em 2021, no estado.
A principal razão para essa queda frente ao mês anterior se deu por conta das revisões negativas do feijão (1ª safra) e do milho (1ª safra). Em fevereiro, a previsão da safra do feijão (1ª safra) em 2021 foi de 115.070 toneladas, 15,4% menor que a de janeiro (136.070 toneladas) e 15,3% menor que a safra 2020 (135.900 toneladas).
Com a área plantada permanecendo a mesma entre os dois meses (225 mil hectares), a queda da previsão se dá por conta da retração de 15,5% no rendimento médio, que passou de 605 para 511 kg por hectare.
Já o milho (1ª safra) apresentou queda de 5,7% frente ao mês anterior, passando de 1,750 milhão de toneladas para 1,650 milhão. Frente a 2020, houve queda de 8,3%. A safra do ano passado havia sido de 1,8 milhão de toneladas.
Por mais que tenha havido um aumento de 5,5% na previsão da área plantada (passando de 365 mil hectares em janeiro para 385 mil em fevereiro), o rendimento médio apresentou queda de 10,6%, de 4.795 para 4.286 kg por hectare.
Em nível nacional, a estimativa de fevereiro para a safra de grãos 2021 é que ela seja superior à de 2020, que havia sido recorde na série histórica do IBGE. Neste ano, a safra brasileira deve chegar a 263,1 milhões de toneladas, 3,5% maior que a do ano passado (que foi de 254,1 milhões de toneladas). Frente à previsão de janeiro (262,2 milhões de toneladas), houve revisão positiva de 0,3%.
A partir das informações desta segunda estimativa, a Bahia seguirá tendo, em 2021, a sétima maior produção de grãos do país, respondendo por 3,7% do total nacional. Mato Grosso continua na liderança, com 27,2% do total, seguido por Paraná (15,8%) e Rio Grande do Sul (13,4%).
O Levantamento Sistemático da Produção Agrícola (LSPA) é realizado mensalmente pelo IBGE. O grupo de cereais, leguminosas e oleaginosas (grãos) engloba os seguintes produtos: arroz, milho, aveia, centeio, cevada, sorgo, trigo, triticale, amendoim, feijão, caroço de algodão, mamona, soja e girassol.
Produtos investigados
A previsão de fevereiro é que, em 2021, 12 das 25 safras de produtos investigadas pelo LSPA na Bahia sejam maiores que as de 2020. Em janeiro, a previsão era de incremento em 13 safras, mas a revisão negativa do feijão (1ª safra) fez com que a sua estimativa ficasse menor que a de 2020.
Três produtos que não são grãos apresentaram revisão positiva na previsão de safra de janeiro para fevereiro: café arábica (+6.040 toneladas ou +8,1%), café canephora (+4.322 toneladas ou +3,7%) e cana-de-açúcar (+100.000 toneladas ou +1,9%).
Frente a 2020, as produções com previsão de maior crescimento no estado, em termos absolutos, são as de soja (+380.680 toneladas ou +6,3%), cana de açúcar (+300.000 toneladas ou +5,8%) e laranja (+101.301 toneladas ou +16,0%).
Por outro lado, algodão herbáceo (-273.000 toneladas ou -18,5%), milho 2ª safra (-250.000 toneladas ou -31,3%) e milho 1ª safra (-150.200 toneladas ou -8,3%) lideram as quedas absolutas de produção, nesta segunda estimativa.